Na filantropia, existe um espectro de doações: a generosidade está focada em ajudar alguém em necessidade; a justiça está em resolver os problemas estruturais que criaram a necessidade. Nossa sociedade precisa de ambas.
No
Instituto Phi, nascemos com a missão de ser ponte entre universos distintos, combinando a alma da filantropia com a racionalidade do investimento para assessorar famílias e empresas na doação a organizações da sociedade civil. Depois de 8 anos, nos vemos muito mais como um grande centro de inovação social, cocriando projetos com a comunidade empresarial, pessoas físicas e outras ONGs, pensando de forma ampla e estratégica o campo da filantropia no Brasil.
Sabemos o quanto a generosidade move o mundo; somos gestores – dentre outras ações de apoio às vítimas da Covid-19 – de uma campanha de doação emergencial que se tornou referência no país. O
Movimento União Rio levou mais de 7,4 mil toneladas de alimentos a 1,6 milhão de pessoas vulneráveis de comunidades do Estado do Rio.
Mas, para além da emergência (que nem era uma frente do Phi, mas demos conta do desafio), estamos imersos em uma jornada para criar soluções inovadoras e customizadas de doação que possam realmente frear e reduzir a desigualdade. Uma jornada por justiça – econômica, racial, social e política.
Somos uma organização nova e relativamente pequena – a equipe do Phi tem 10 funcionários – mas, de forma estruturada, temos encontrado espaço para fazer muita diferença. Somente em 2022, até aqui, já somamos R$ 14 milhões movimentados para o terceiro setor. No total, desde a fundação do Phi, em 2014, são R$ 146.5 milhões: recursos investidos em 1.202 projetos de todo o Brasil.
São organizações que promovem os direitos humanos universais, incluindo o direito à educação, saúde, alimentação, água, habitação, trabalho, bem como outros direitos econômicos, sociais e culturais que são essenciais à dignidade humana e à consolidação da democracia. Para receber o apoio do Instituto Phi, são avaliadas com base em solidez, transparência, potencial de impacto e qualidade de gestão.
Mais do que capital financeiro, fazemos a conexão entre pessoas, ideias, conhecimentos e dados, articulando iniciativas em rede e desenvolvendo conjuntamente novas abordagens para avançar no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Uma destas soluções é o programa de inclusão social e produtiva (Re)Conquista, realizado em parceria com a Stone Impacta e o Banco da Providência. Através do (Re)Conquista, ONGs que atuam com qualificação profissional recebem formação para atuar com a reconhecida Metodologia de 3 Fases do Banco da Providência: desenvolvimento humano, capacitação técnica profissionalizante e habilidades empreendedoras. O Instituto Phi faz a seleção das ONGs, que têm a missão de replicar a formação nas comunidades, e o monitoramento do projeto – da capacitação dos multiplicadores até a certificação dos microempreendedores locais. Desde o ano passado, já foram formadas 29 ONGs que, até o momento, já formaram 46 turmas.
Outro projeto lançado recentemente, este num case de assessoria de filantropia para famílias, é o Legado MTB, um projeto de doação de recursos dos herdeiros do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos para ONGs que atuam nas áreas de educação, justiça e acesso a direitos. Partindo do propósito da família, o Instituto Phi concebeu missão, valores e identidade. Em vez de criar uma ONG ou fundação para fazer filantropia, o Legado MTB apoia organizações selecionadas por curadoria do Phi que já têm o know-how e ótimos resultados, aumentando o impacto social delas.
Não estamos nem perto do fim da jornada, mas olhamos para as nossas conquistas com orgulho. Somos profundamente gratos aos nossos parceiros doadores que, junto conosco, estão reinventando a filantropia. Que entendem que cabe à nossa geração impulsionar a doação a ser mais flexível, impactante, engajada e conectada.