Daiany França Saldanha é responsável pelo editorial do Portal do Impacto.
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Daiany França
Apesar de eu ser fã de Anitta há cerca de 10 anos, desde o Show das Poderosas, não encare este texto como um flagrante de uma fã apaixonada. Porque é mais que isso.
Comecei a prestar atenção na “Anitta empreendedora” em 2018, após assistir sua
palestra no Brazil Conference, evento organizado pelos alunos brasileiros da Universidade de Harvard e do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Como empreendedora e estudante do assunto, minha reação ao ouvi-la naquele 6 de abril de 2018 foi um grande “UAU!”.
De lá pra cá, o mundo se abriu para a “Girl from Rio”. Vieram parcerias musicais incríveis, uma delas com ninguém menos que Madonna, contratos com grandes marcas como Nubank, Skol e Burger King, com quem chegou a fazer uma campanha global no VMA de 2021, performance no festival Coachella, um dos maiores do mundo, e apresentação no programa de tv estadunidense “The Tonight Show”, do aclamado Jimmy Fallon. Ela colocou "Envolver" no top 1 global do Spotify, até que, no último domingo (28/08), com clipe do mesmo hit, se tornou a
primeira brasileira
a ganhar um prêmio do Video Music Awards (VMA), um dos mais importantes da música mundial.
Isso para citar as conquistas e feitos mais recentes e expressivos da Anitta, que no LinkedIn pode ser encontrada como Anitta Larissa Machado (na certidão, Anitta se chama Larissa de Macedo Machado).
Indo além do tino empresarial da Anitta, que muitas matérias exploram, e eu concordo, separei quatro pontos, mais intra e interpessoais, que percebo em comum entre a Anitta e nós, empreendedoras sociais.
O primeiro deles, é o fato de
Anitta ser sonhadora e acreditar em si própria. Imagina quantas vezes ela já deve ter ouvido que não canta bem, não tem talento ou que só sabe rebolar a bunda?! Inúmeras, a perder a conta. Agora imagina quantas vezes alguém quis te diminuir, te fazer desistir, dizendo coisas como “trabalhar com o social não dá dinheiro” ou que isso não é pra você?! Mas, independente do que dizem, você segue sonhando e realizando, assim como Anitta.
Outro ponto que destaco, é que
Anitta tem construído parcerias sólidas. Para citar uma das mais bonitas, com J Balvin, cantor colombiano, Anitta já fez diversas parcerias musicais e, ao que tudo indica, ele foi uma das pessoas que mais contribuiu para que ela construísse sua carreira internacional. Como já falei
aqui, muitas vezes nos sentimos sozinhas no dia a dia da ONG, sobrecarregadas mesmo, mas também é comum termos pelo menos uma pessoa de muita confiança, em quem podemos confiar e se sentir acolhidas, principalmente nos momentos mais difíceis. Anitta sempre demonstra seu amor e gratidão ao J Balvin nas redes sociais, e aqui fica um lembrete: será que estamos valorizando e agradecendo as nossas “parcerias” (braços direitos) o suficiente?
E
se a Anitta recebe generosidade da vida, é porque ela também é generosa. A mídia, sempre em busca de um bafafá, não costuma dar destaque a esse lado (humano) de “Larissa”, mas pesquisando da maneira certa, não será difícil encontrar as diversas maneiras em que ela foi generosa com outros colegas do mundo artístico e com a própria família. Talvez, os casos mais famosos sejam da cantora de funk Jojô Toddynho e do fenômeno Juliette, que ela orientou, colocou sua equipe à disposição e até deu abrigo. Ainda tem o episódio do meio-irmão Felipe, que Anitta descobriu em 2019, quando ele já tinha 31 anos. Fruto de uma relação do “Painitto”, antes dele se relacionar com a “Mamacita”, como são conhecidos os pais da “dona do Brasil” (haha desculpa, eu só me excedi um pouco), ao descobri-lo, ela não hesitou e o acolheu com todo afeto na sua família e convivência. Em relação às empreendedoras sociais, estou para conhecer gente mais generosa, e não tenho dúvidas que, caso tivéssemos os mesmos recursos que Anitta tem, ajudaríamos e apoiaríamos ainda mais pessoas.
Por fim,
Anitta tem orgulho das suas origens, sempre que pode, ela menciona Honório Gurgel, bairro do Rio de Janeiro onde nasceu, o funk, gênero musical que lhe deu fama, e, agora que está no exterior, o Brasil. Empreendedoras sociais também falam com muito orgulho de onde vieram, o que (e quem) elas representam. E isso é fundamental, pois lhes dá identidade, poder e energia para continuar essa aventura que é empreender em ONGs no Brasil.
E aí, o que achou deste texto? Tem alguma sugestão de assunto? Escreva para
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