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Papo de Impacto: Como a Play For a Cause apoia ONGs em todo o Brasil através do esporte

28 de setembro de 2023

Visita e entrega de cheque ao Nóiz Projeto Social


Através do desejo de promover oportunidades para jovens em situação de vulnerabilidade social por meio do investimento em educação, o empreendedor social André Georges encontrou em uma garrafinha vazia jogada em um campo de futebol uma possibilidade de envolver os amantes de esporte a causas sociais.


Neste artigo do Papo de Impacto, a protagonista da história será a empresa Play For a Cause, criada no Brasil em 2018 com o propósito de leiloar itens esportivos e repassar parte do valor arrecadado para instituições brasileiras.


Desde a sua fundação, a empresa já atendeu 87 organizações da sociedade civil em todo o país e destinou para essas ONGs mais de R$2 milhões por meio dos leilões de itens esportivos.


Para o Portal do Impacto, o idealizador da iniciativa, André Georges, contou que a ideia do empreendimento surgiu durante uma partida de futebol do Barcelona, na Espanha, em que observou torcedores oferecendo dinheiro para conseguir uma garrafa de água usada, descartada no campo pelo jogador Andrés Iniesta.


Ao perceber a disposição dos torcedores em pagar por itens dos seus ídolos, André encontrou uma oportunidade de empreender e ainda contribuir positivamente com a sociedade.


Após tirar a ideia do papel, ele criou a Football For a Cause, com foco apenas em artigos de futebol, entretanto, o foco da iniciativa foi ampliada em 2020, através da campanha “Corrente do Bem”, que tinha a finalidade de arrecadar recursos para pessoas impactadas com a Covid-19, e teve a parceria de diferentes clubes nacionais, como Flamengo, Grêmio e Atlético Mineiro, além de artistas, como o cantor Daniel, marcas e torneios, como a Rio Open.


Com o grande impacto desta campanha, André e a equipe reposicionaram a empresa e passaram a chamá-la de Play For a Cause, utilizando o esporte e entretenimento como ferramentas de transformação social.


Para saber mais sobre a empresa e seu fundador, confira a entrevista abaixo:



Quem é o André, por André?

Uma das coisas que me ajudam a me definir é de onde eu vim. Eu fui criado em uma família onde nunca faltou nada, mas também nunca sobrou, e comecei estudando em uma escola municipal onde minha mãe dava aula e por um acaso do destino, eu vi diversas realidades, então, muitas daquelas extremamente diferentes da que eu vivia e com o passar do tempo fui estudar em escolas melhores, ganhei bolsa para estudar em outras e também ganhei bolsa pra terminar minha faculdade lá fora.


Com essas oportunidades que se abriram, eu sempre costumava olhar pro lado e imaginar que aquela pessoa que estudava comigo lá atrás não eram aquelas que estavam estudando naquele momento e se quer elas sabiam que talvez existisse aquela oportunidade, aquela realidade, e isso me gerava um incômodo, e eu me perguntava, como que eu posso fazer pra que mais pessoas usufruam dessa oportunidade que eu estou vivendo. Existe um fator sorte no meio que me incomodava muito. Eu soube aproveitar as oportunidades que se abriram, mas existe esse fator sorte no meio do caminho, e como que a gente faz pra diminuir cada vez mais esse fator, no meu caso foi a educação que me fez viver outras oportunidades na vida, então naquele momento eu entendi que se outras pessoas pudessem viver aquelas oportunidades seria através da educação também, só que precisa de investimento e como que a gente faz pra existir esse investimento? Fica jogando no colo do governo? A gente tem que fazer a nossa parte, eu sempre acreditei um pouco também nisso e onde é que tava o recurso.

Mas enfim, essa ideia de gerar recurso para educação acho que veio desse início que eu tive de criação, convivendo com diversas outras realidades e essa sementinha ficou na minha cabeça desde lá de trás, então depois ela veio a se juntar com algumas ideias, algumas oportunidades que eu passava a enxergar e eu acho que pra resolver esse problema, você acaba procurando indiretamente, de forma inconsciente procurando no seu dia a dia algumas soluções pra ele, então foi onde surgiu a Play For a Cause.


Como surgiu a empresa?


Estudei durante dois anos na França e em um momento eu fui trabalhar na Espanha em uma empresa. Eu sou Engenheiro Naval por formação, uma outra curiosidade que não tem nada a ver com o que eu faço hoje em dia, mas foi graças a essa engenharia que eu tive a oportunidade de estar presente no lugar onde a chavinha virou e a ideia da Play surgiu. E esse lugar foi na Espanha, em uma partida do Barcelona que eu tava assistindo e eu vi o Iniesta, que é um jogador muito famoso lá, pegando uma garrafinha e jogando na lateral do campo, antes de sair pro vestiário e vários torcedores correndo até a lateral do campo, oferecendo notas de 50, 100 euros pro guarda que fica ali, poder pegar aquela garrafinha e entregar pro torcedor. 


Então eu fiquei pensando em como esse torcedor está pronto para pagar a camisa que esse cara usou, o short, a chuteira, afinal, durante o intervalo a gente vê eles trocando camisa um com o outro ou então jogando pra torcida, e eu me perguntei se esses itens não tinham um destino preciso. Então a gente foi atrás pra saber se tinha ou se não tinha e descobrimos que na verdade é que existe de duas a três trocas de roupa por jogador a cada partida e o que ele faz com isso, é ele quem decide.


A partir disso, a gente enxergou uma possibilidade e começamos a fazer parceria com jogadores, pegar esses itens, vender no site da Play, normalmente em forma de leilão e gerar recurso, não só para manter toda a operação, mas principalmente para investir em educação ao redor do Brasil.


Até chegar no que vocês são hoje, quais foram os percalços? Como você vendeu essa ideia?


Acreditando bastante, na verdade, não tenho alguém que tenha relação com o meio do esporte, então foi simplesmente ter aquela virada de chave e acreditar bastante e isso faz você não ter a vergonha de bater na porta de um Flamengo, de um Vasco, ou Santos e procurar a pessoa responsável. 


Naquela época eu imaginava que o responsável seria algo ligado à responsabilidade social, mas aí você procura no clube e não existe o responsável, e por isso a gente foi fazendo esses testes, bate na porta, apresenta o que você tem ali e o que você acredita e eu acho que a firmeza e a paixão acabou abrindo a primeira porta.


A gente começou dentro do futebol e antes a gente era chamado de Football For a Cause, e logo em seguida, a gente se transformou em Play For a Cause, onde a gente abre o leque não só para o futebol, mas para outros esportes também, e hoje a gente tem abraçado a Stock Car, o automobilismo, basquete, tênis, então acabou ampliando esse leque e o nosso próximo passo que a gente quer colocar no nosso site é o mundo do entretenimento.


O que move a Play não é a bandeira do time que a gente está levantando, mas sim, o poder que essa ferramenta sendo usada da maneira correta consegue mudar um monte de realidade. Se a gente olha pra história, olha pra trás, a gente vê que Nelson Mandela enxergou o rugby como uma forma de aproximar negros e brancos, não era ele subindo no palanque que ia conseguir fazer mudar a cabeça das pessoas, é usando uma paixão.


Se a gente olhar, Pelé foi jogar na Nigéria e fez uma guerra parar. Imagina, ter um movimento desse tipo que faça a guerra na Rússia e Ucrânia parar, mesmo que seja durante um dia, olha o poder que isso tem, então a gente acredita muito nesse poder do esporte como sendo uma ferramenta pra gente conseguir transformar muitas realidades por aí.


Quem foi a primeira pessoa ou instituição a abrir as portas?


A primeira pessoa foi o Luciano Castán. Ele jogava em um time da cidade onde eu morava lá fora, aí aquela ideia surgiu, eu voltei pra França pra terminar meus estudos e na minha cidade tinha um time chamado Stade Brestois 29. 


Montamos um projeto e levamos pro diretor do time, ele não topou. Mas eu já tinha me comprometido com uma instituição em ajudá-los com recursos que eu tinha certeza que a gente ia conseguir essa parceria. Então eu descobri que tinha um jogador brasileiro que tinha acabado de chegar no time e peguei uma bandeira do Brasil e fui assistir um treino, e não deu dez minutos ele veio falar comigo.


Eu expliquei sobre o projeto, peguei meu computador e apresentei pra ele e ele disse que na próxima partida o uniforme era da gente. Na próxima partida a gente coletou material com ele, um short e uma camisa. Era um time da segunda divisão do campeonato francês, de um jogador que não era conhecido ainda no local, e mesmo assim a gente vendeu e geramos recursos suficientes para terminar a construção de uma escola no interior do Malawi. Vendo tudo dando certo naquela primeira experiência, com todas aquelas condições jogando contra, eu refleti e pensei, isso tem que estar no Brasil, foi quando eu decidi voltar e fazer acontecer aqui também.

Entrega de cheque ao Instituto Galo



E como funciona na prática, a Play for a Cause?


Normalmente, n
ós fechamos parcerias institucionais, temos algumas parcerias com alguns atletas, mas as parcerias principais são com os próprios clubes ou então com ligas ou com empresas que coordenam a confecção e aí fazendo essa parceria institucional, a gente se ocupa de todo o operacional para fazer essa roda girar.


E qual é esse operacional? Vai desde desenhar a campanha pra dar um sentido de exclusividade para aquele item, passando pela coleta do item no local onde foi o evento, trazemos o item para nossa sede, fotos são tiradas, artes são criadas para fazer toda divulgação da campanha, fazemos todo o cronograma de divulgação, temos a assessoria de imprensa para fazer essa operação em conjunto com o nosso parceiro, fazemos a venda normalmente em modo de leilão, normalmente dura de 7 a 12 dias normalmente cada leilão e disso sai o recurso que vai pra pagar a conta que existe de todo esse operacional, mas principalmente para investir em instituições que a gente seleciona em conjunto com o nosso parceiro em todo o Brasil.


Então hoje são 87 instituições que a gente já apoiou em 18 estados, e essa seleção é sempre feita em conjunto com o nosso parceiro para atender qual é a causa e a região que aquele parceiro deseja apoiar.

E pra quem nunca participou de um leilão, como funciona? 


A gente tem o lance inicial com o valor mínimo de venda daquele item e a partir daquele lance inicial, as pessoas vão dando um lance em cima do outro. Então se o lance inicial for R$500,00, a gente tem pessoas que vão dar R$500 reais, tem uns que vão dar R$550 e podem dar saltos um pouco mais altos. 


É bem simples, você só faz o cadastro inicial com as principais informações suas para caso exista alguma falha no pagamento ou alguma outra falha, a gente possa estar entrando em contato, em seguida você vai lá no “botãozinho” de lance e insere o lance que você deseja dar.


Essas parcerias institucionais, a gente cria não só com os clubes, mas também com instituições que são apoiadas por alguns atletas, por alguns clubes e recebem desses agentes o item pro leilão. Por exemplo, o jogador X apoia uma instituição Y, ao invés de apoiar financeiramente, ele doa itens para as instituições conseguirem gerar dinheiro, só que quando você entrega esse item você na verdade está dando um trabalho a mais para aquela instituição gerar recurso


Muitas vezes esses itens acabam ficando dentro de uma gaveta aguardando o momento ideal da pessoa ter tempo pra pensar no que ela vai fazer, seja rifa, seja algum tipo de leilão. Então as instituições encontraram a gente como uma ferramenta desse recurso em dinheiro para conseguir fazer suas ações.


E vocês ficam com algum percentual da venda?


Sim, esse percentual varia, então conforme a gente aumenta a recorrência a gente consegue diminuir esse percentual que fica para fazer toda essa operação, eles giram na casa dos 25% e todo o restante a gente investe nas instituições que nós apoiamos.


Para conhecer mais sobre a iniciativa, acesse o site www.play.foracause.com.br e confira os itens que estão disponíveis para leilão, bem como as ONGs já assistidas por meio da verba arrecadada. As organizações também podem acessar o site para solicitar um formulário, através do número do WhatsApp disponível na página, demonstrando interesse em serem beneficiadas.


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Por Pamela Lima 10 de abril de 2025
Inicialmente, vamos entender melhor o que são métricas? Métricas são números e dados que as redes sociais fornecem para mostrar o desempenho das publicações feitas por você ou pela sua ONG. Quando você publica algo no Facebook ou Instagram, essas redes sociais mostram quantas pessoas visualizaram, curtiram, comentaram ou compartilharam seu conteúdo. Saber interpretar essas informações é muito importante porque ajuda a sua OSC a entender o que está dando certo e o que pode melhorar na comunicação com o público. Ao entender melhor essas informações, você pode criar conteúdos que alcançam mais pessoas e ajudam sua organização a ter um impacto maior. Quais são as métricas mais importantes? Entender as principais métricas pode parecer difícil no começo, mas conhecendo cada uma delas fica muito mais fácil saber se sua comunicação está indo bem. Cada uma dessas métricas traz informações cruciais que ajudam a entender o comportamento do seu público e como melhorar as publicações da sua organização. Desvendando as siglas e abreviações das métricas CTR (Click Through Rate): porcentagem de pessoas que clicaram em um link após visualizá-lo. CPM (Custo por Mil Impressões): quanto custa mostrar seu conteúdo para mil pessoas. CPC (Custo por Clique): quanto você paga por cada clique no seu conteúdo. CPA (Custo por Aquisição): custo médio para que uma pessoa realize uma ação específica, como fazer uma doação. ROI (Return on Investment): retorno financeiro obtido em relação ao dinheiro investido em publicidade ou campanhas. KPI (Indicador-Chave de Desempenho): métricas específicas escolhidas para medir o sucesso das suas ações. Alcance e Impressões O alcance é o número de pessoas diferentes que viram sua publicação pelo menos uma vez. Quanto maior o alcance, mais pessoas diferentes foram alcançadas pelo seu conteúdo. Já as impressões mostram quantas vezes sua publicação apareceu nas telas das pessoas, contando inclusive aquelas que viram mais de uma vez (FERREIRA; OLIVEIRA, 2015). Engajamento Engajamento é uma das métricas mais importantes porque mostra como as pessoas estão interagindo com seu conteúdo. Essas interações incluem curtidas, comentários, compartilhamentos e salvamentos. Um alto engajamento significa que as pessoas realmente gostaram do seu conteúdo e tiveram vontade de interagir com ele. Quanto mais engajamento, melhor você está se comunicando com o seu público (FERREIRA; OLIVEIRA, 2015). Cliques Cliques mostram quantas pessoas clicaram no seu conteúdo ou nos links que você compartilhou. Essa métrica é especialmente importante quando você quer direcionar as pessoas para seu site ou para alguma ação específica, como um evento ou uma campanha de doação (COSTA, 2020). Crescimento de seguidores Essa métrica mostra quantas pessoas novas começaram a seguir sua ONG depois de ver suas publicações. Um crescimento constante de seguidores significa que você está conseguindo chamar a atenção e conquistar novas pessoas para sua causa (COSTA, 2020). Mas afinal, como essas métricas se relacionam? É muito importante não olhar apenas para uma métrica isoladamente. Por exemplo, se muitas pessoas veem sua publicação (alto alcance), mas poucas interagem com ela (baixo engajamento), pode ser que o conteúdo não esteja interessante o suficiente. Para entender se sua estratégia está funcionando, você precisa analisar diferentes métricas juntas, como alcance, engajamento e cliques. Isso ajuda a ter uma visão mais completa do desempenho das publicações (GOMES, 2018). Tipos de análises que você pode fazer Para usar bem as métricas, você pode fazer vários tipos diferentes de análises. Cada tipo serve para algo específico e ajuda você a entender melhor o desempenho das suas redes sociais, mostrando caminhos para melhorar sua comunicação. Análise simples A análise simples é a mais básica e mostra diretamente quantas pessoas viram ou interagiram com seu conteúdo (RECUERO, 2014). Comparação A análise comparativa é quando você compara resultados de diferentes publicações ou períodos. Por exemplo, você pode comparar o desempenho das publicações deste mês com as do mês passado para entender o que funcionou melhor e planejar conteúdos futuros (RECUERO, 2014). Previsão A análise preditiva usa dados antigos para tentar prever resultados futuros (RECUERO, 2014). Um exemplo é que se sabemos que entre novembro e dezembro há um aumento nas curtidas em posts relacionados a doações, construir conteúdo que fale sobre isso antecipadamente é uma forma de “prever” a procura e antecipar-se ao aumento de demanda. Redes sociais Analisar as redes sociais significa entender como as pessoas interagem umas com as outras no seu perfil ou página. Você pode descobrir quem são os principais seguidores, quais conteúdos são mais compartilhados e como essas conexões ajudam a espalhar sua mensagem para mais pessoas (GOMES, 2018). O que ter cuidado ao analisar os números? Ao analisar as métricas, você precisa levar em conta fatores externos que podem influenciar os resultados. Datas especiais, feriados ou eventos importantes podem aumentar ou diminuir a interação com suas publicações (as chamadas datas sazonais). Por isso, sempre olhe com cuidado e verifique se os dados são realmente representativos do desempenho geral (KAHNEMAN, 2012), todo o contexto deve ser levado em conta. Cuidado com erros ao analisar Existem alguns erros comuns ao analisar as métricas. Um deles é o viés de confirmação, que acontece quando você só presta atenção nos números que reforçam o que você já acredita. Outro erro é o viés de recência, que acontece quando você só leva em conta os resultados mais recentes, esquecendo resultados passados (KAHNEMAN, 2012). Como já dito. Recomendações O conteúdo do artigo foi baseado no conhecimento da autora e com referências de base científica. Caso você deseje ampliar o conhecimento acerca da temática, recomenda-se a leitura das fontes a seguir: COSTA, Felipe. Aplicação estratégica de métricas digitais. Panorama, Goiânia, v. 9, n. 2, p. 45-60, 2020. FERREIRA, Mariana; OLIVEIRA, Ana. Produção textual e interações sociais em plataformas digitais. Revista Comunicando, Lisboa, v. 5, n. 1, p. 10-23, 2015. GOMES, André. Dinâmicas de interações nas redes sociais digitais. Salvador: UFBA, 2018. KAHNEMAN, Daniel. Rápido e devagar: duas formas de pensar. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2014. 
Por Maria Cecília Prates 4 de abril de 2025
Uma boa pergunta é sempre um motivo para reflexão. Como a pergunta que me foi feita uma certa vez pela diretora de uma ONG: “ na sua opinião, o que caracteriza um bom processo de Monitoramento & Avaliação (M&A) de projetos sociais? ” Ela me pediu para responder em poucas palavras.  Tomando por base o referencial da Teoria da Mudança ou do Marco Lógico , somos tentados a dar a resposta tradicional: um bom M & A é aquele que nos permite verificar se o que foi planejado, tanto em termos de processo e resultado, está ocorrendo e/ou ocorreu de fato. E, com isto, nos permite fazer as correções de rota necessárias, tanto “durante” quanto “depois” da iniciativa social. Mas, um bom M & A deve ir além, de modo a evitar o sério risco de cair na armadilha do planejamento . A ´ armadilha do planejamento ` é quando o plano inicial é visto como a situação ideal a ser atingida. Decorrem, daí, as definições para sucesso e fracasso. Sucesso é quando são alcançadas boa parte das metas previamente traçadas; já o fracasso é quando boa parte delas não são alcançadas. E se o plano inicial não se mostrar correto, mesmo tendo sido construído de forma participativa, com objetivos claros, bons indicadores e análise consistente do contexto social? Ou ainda, se com o desenrolar da intervenção, aquele plano for se tornando inadequado frente às novas circunstâncias que forem surgindo? Aliás, situação bem plausível, tendo em vista a realidade tão dinâmica em que vivemos atualmente. O plano não pode acabar funcionando como uma camisa de força para o projeto. Me fez lembrar a frase dita pelo ex-presidente americano Dwight Eisenhower, quando comandou o ´Dia D` da Segunda Guerra Mundial, “ Antes da batalha, o planejamento é tudo. Assim que começa o tiroteio, planos são inúteis ”. O ponto central é que planejar é fundamental, mas não podemos ficar prisioneiros do plano. Então, voltando aqui à pergunta inicial: O que caracteriza um bom processo de Monitoramento & Avaliação? Em poucas palavras: Um bom processo de M&A é aquele que serve como uma bússola para guiar os gestores do projeto. Sem dúvida, o pressuposto é o de que o planejamento tenha sido bem-feito, e há clareza de onde se quer chegar. E por que a comparação com a bússola? O processo de monitoramento e avaliação deve funcionar como uma bússola (para guiar o avião) no sentido de ser útil para orientar os gestores de uma dada intervenção se eles estão indo na direção correta. Então, o M & A vai indicar se estamos fazendo / fizemos a coisa certa, da maneira certa, de modo a potencializar os resultados pretendidos, tendo em vista os recursos disponíveis (financeiros, humanos, experiências, aprendizados e parcerias). O interessante da bússola é justamente a sua capacidade em ir se adaptando ao percurso, até chegarmos ao destino final. Tal como a bússola, também um bom Monitoramento & Avaliação deve ser percebido como um processo dinâmico, e não como um sistema estático de indicadores, não raras vezes com a exigência de métodos complexos para a sua estimativa.
Por Pollyana Bonvecchi 27 de março de 2025
Recentemente, montei uma estrutura para conduzir um processo seletivo de voluntárias aqui na Phomenta. Algumas pessoas me perguntaram por que eu estava desenvolvendo etapas que deixariam o processo mais complexo e se eu não tinha receio de que as pessoas desistissem devido à complexidade. Vou compartilhar o que respondi, explicar a importância dessa estrutura e como conseguimos atrair e manter perto de nós as pessoas que realmente querem contribuir. Por que desenhar um processo seletivo estruturado para voluntárias? Desenhar um processo seletivo com etapas claras e bem definidas é essencial para assegurar que as candidatas se comprometam verdadeiramente com cada fase e reflitam se o voluntariado faz sentido para elas. Esse tipo de processo não é apenas uma forma de selecionar os melhores talentos, mas também de verificar se aquelas que se juntam a nós compartilham dos nossos valores e estão alinhadas com o nosso propósito. Um processo seletivo mais detalhado permite identificar quem está realmente disposta a se envolver e quem está apenas explorando uma oportunidade. Divulgação da vaga Para começar, definimos claramente os papéis e responsabilidades, além do tempo de dedicação esperado para as voluntárias. Tudo isso foi explicitado na divulgação da vaga, para que, desde o início, as expectativas estivessem claras para as interessadas. Primeira etapa - triagem de candidatas Após receber as inscrições, realizamos uma triagem criteriosa, avaliando as competências e habilidades das candidatas. Selecionamos aquelas que mais se alinhavam com o perfil que buscávamos e enviamos um e-mail informando sobre as próximas etapas do processo. Segunda etapa - entrega e dinâmica de grupo Nesta etapa, solicitamos uma tarefa prática e informamos que haveria uma dinâmica em grupo. Esse momento foi crucial para observar o comprometimento das candidatas e, como esperado, algumas pessoas desistiram. Isso, no entanto, deixou apenas aquelas que estavam realmente interessadas em seguir adiante e que tinham um verdadeiro desejo de contribuir. Terceira etapa - Seleção final Com base nas etapas anteriores, escolhemos as candidatas que melhor atenderam aos critérios e que demonstraram maior afinidade com a cultura da Phomenta. Em seguida, comunicamos as selecionadas e agendamos da integração para integrar aquelas que iriam começar conosco. Integração A integração na Phomenta é muito mais do que uma simples introdução. É o momento propositivo para apresentarmos o propósito da nossa organização e garantir que todas estejam na mesma sintonia, super motivadas a alcançar os nossos objetivos. Quando nossas voluntárias entendem o impacto social que o seu trabalho pode gerar, o engajamento cresce e o compromisso fica mais forte. Assim como toda nova integrante de um time, as voluntárias precisam mergulhar na nossa cultura organizacional. A integração é uma oportunidade para elas se familiarizarem com características fundamentais da nossa cultura dentro da Phomenta: como nos comunicamos, como trabalhamos, e quais comportamentos valorizamos. Isso facilita a adaptação e ajuda as voluntárias a se sentirem parte do nosso grupo desde o primeiro dia! Durante a integração, é essencial esclarecer o que esperamos de cada uma, desde funções e responsabilidades específicas até o impacto que seu trabalho terá. Essa clareza evita confusões e permite que as voluntárias saibam exatamente como podem brilhar e fazer a diferença. Uma integração bem-planejada faz toda a diferença! Ela aumenta o comprometimento das voluntárias e ajuda a reduzir a rotatividade. Quando elas se sentem acolhidas, bem-informadas e preparadas, é muito provável que continuem engajadas e contribuam com a gente por um bom tempo. Além disso, a integração é a chance perfeita para construir conexões genuínas entre voluntárias e phomenters. Ela cria aquele sentimento gostoso de comunidade e pertencimento, que é essencial para manter a motivação em alta. E tem mais: durante a integração, incentivamos as voluntárias a darem seu feedback sobre a experiência. Isso nos ajuda a fazer ajustes e melhorias, garantindo que todas se sintam apoiadas e que nossa abordagem esteja sempre alinhada com as expectativas. A seguir alguns comentários sobre o processo:
Por Pamela Lima 20 de março de 2025
Você sabia que o marketing no ambiente digital (ou marketing digital como popularmente ficou conhecido) é uma ferramenta importante para divulgação de serviços, produtos e, também, para a promoção do impacto social? Isso mesmo que você leu! Organizações do Terceiro Setor que investem em uma comunicação eficaz conseguem ampliar a visibilidade de suas ações e engajar o território em suas causas. Deixe a gente explicar melhor. Neste artigo queremos apresentar algumas estratégias práticas e exercícios para auxiliar ONGs, coletivos e projetos sociais na criação de conteúdos assertivos, utilizando algumas práticas de produção de conteúdo, visando garantir maior alcance do público nas mídias sociais. Por que o marketing digital para causas? – Comece pelo porquê Compreender o “porquê” por trás da causa é o primeiro passo para uma comunicação eficiente. Para as organizações do Terceiro Setor, transmitir claramente seus valores e objetivos fortalece a identificação do público com a causa de atuação e gera confiança. Então, vamos ao exercício de reflexão Pergunta: "qual é o propósito principal da nossa organização e como podemos transmiti-lo de forma clara?" Atividade: reúna a equipe para listar os valores e objetivos essenciais de sua causa e definição, em uma frase simples, o “porquê” de sua organização existir. Exemplo prático para uma ONG na área da saúde: Possível resposta: "Nosso propósito é garantir acesso a serviços de saúde de qualidade, promovendo a prevenção e o cuidado contínuo." Forma de transmissão: crie uma frase curta e de efeito, como: "Cuidamos da saúde para transformar vidas”. Sugestões de conteúdos e formatos para o Instagram: Posts no Feed Imagens informativas: use gráficos ou ilustrações que destaquem dados importantes sobre a necessidade de acesso à saúde no território. Exemplo: infográficos com estatísticas sobre a falta de atendimento médico em regiões vulneráveis. Depoimentos de beneficiários: publique fotos e relatos de pessoas que receberam atendimento ou tiveram suas vidas transformadas pelo trabalho da ONG. Exemplo: "Conheça a história da Maria, que encontrou saúde e qualidade de vida através de nossas campanhas contra a hipertensão." Segundo estudos na área, a comunicação dos valores fortalece o engajamento e potencializa o impacto social das iniciativas (ACEVEDO et al. 2020). Como o marketing digital impulsiona a divulgação das ações sociais da sua ONG? Bom, não existe uma resposta certa, mas um primeiro passo importante é “inspirar para transformar”. A presença nas redes sociais permite que as ONGs contem suas histórias de maneira autêntica e humanizada. O uso de conteúdos visuais, vídeos e depoimentos reais torna a mensagem mais próxima e tem o potencial de criar uma conexão genuína com o leitor. Perguntas práticas que podemos fazer para começar a produção de conteúdo: "Que histórias reais podemos contar para demonstrar nossa atuação e os benefícios gerados?" "Como podemos incluir depoimentos dos beneficiários para criar uma conexão emocional?" Exemplo prático para uma ONG na área da saúde: Possível resposta 1: "Podemos contar a história de crianças que, após participarem de nossos programas de educação, demonstram maior interesse pelos estudos e melhor desempenho escolar”. Possível resposta 2: "Podemos incluir depoimentos de pais e educadores que evidenciem a importância dos nossos programas na formação das crianças e na promoção de um ambiente de aprendizado mais inclusivo”. Possibilidade de Post no feed: use imagens que mostrem as crianças em atividades educativas, com legendas que explicam os benefícios dos projetos. Exemplo: uma imagem de uma sala de aula interativa com a legenda: "Descubra como nossas atividades lúdicas despertam o amor pelo aprendizado e transformam o futuro dos pequenos." Essa abordagem, fundamentada na transparência, potencializa a mobilização de seguidores e contribui para a ampliação do alcance das ações (GALLEGO; GALINDO, 2007). O que se espera do marketing digital na divulgação de ações de impacto? É importante sabermos que quando falamos sobre marketing digital e, principalmente, de redes sociais, que o que gera conexão sempre será um bom caminho. E, é preciso lembrar que uma boa estratégia digital é medida pela capacidade de transformar visualizações em engajamento efetivo. Para tanto, é fundamental criar conteúdos que falem diretamente ao público-alvo, evitando jargões e termos técnicos que possam dificultar a compreensão. Mas, afinal, como saber o interesse do público da organização? Exercício de Planejamento de Conteúdo Pergunta: "Quais dúvidas e interesses do nosso público podemos responder em nossos conteúdos?" Atividade: realizar uma pesquisa interna ou consultar as redes sociais para identificar as principais perguntas dos seguidores e, em seguida, criar conteúdos sobre temas relevantes e acessíveis. Exemplo para uma ONG Ambiental: Possíveis resposta em relação às dúvidas: "Como a poluição afeta a biodiversidade local?" "Quais são as melhores práticas de reciclagem para reduzir o impacto ambiental?" "Como posso contribuir para a preservação das matas e florestas em meu território?" O que pode ser relevante a partir da resposta: Dicas práticas para reduzir o consumo de plástico. Informações sobre projetos locais de reflorestamento. Estudos de caso que mostram o impacto positivo de ações de conservação. Sugestões de conteúdos e formatos para Instagram: Posts no feed: crie gráficos simples que explicam, por exemplo, como a reciclagem contribui para a diminuição da poluição e a preservação dos recursos naturais. Estudos indicam que uma linguagem simples e direta amplia o alcance e facilita o engajamento, transformando a comunicação em uma ferramenta de mobilização (SILVA et al., 2017). Exercícios e perguntas adicionais para a produção de conteúdo Para aprofundar a estratégia de comunicação, as ONGs podem utilizar os seguintes questionamentos: Identificação da causa "Quais desafios nossa causa enfrenta e como nossas ações podem contribuir para superá-los?" Engajamento do público "Qual formato de conteúdo (texto, imagem, vídeo) gera mais interação com nosso público?" Resultados e impacto "Como podemos medir o sucesso de nossas campanhas? Quais indicadores refletem o engajamento e a mobilização da comunidade nas redes?" Autenticidade da comunicação "Estamos comunicando nossa mensagem de maneira clara e verdadeira? Como podemos simplificar ainda mais nosso discurso?" A realização de sessões de brainstorming e feedback com a equipe contribui para responder essas questões e aprimorar a estratégia de comunicação. Conclusão: conectando causas e pessoas com marketing digital O marketing digital, quando bem aplicado, tem um potencial muito grande de transformar a divulgação das ações de ONGs nas redes sociais. Essa transformação pode ter objetivos diversos para a organização, como atrair novos doadores, demonstrar ao território a ação ou ganhar mais espaço e reconhecimento pelo trabalho realizado. A combinação de uma comunicação clara, conteúdos de interesse do público e estratégias que conectam gera um ambiente favorável para o engajamento e a mobilização social. E tem pergunta adicional logo abaixo: Pergunta final para reflexão "De que forma nossa comunicação pode evoluir para inspirar e engajar ainda mais pessoas com a nossa causa?" Como vimos, o alinhamento entre estratégia digital para redes sociais e missão social é crucial para a promoção de imagem, engajamento e divulgação de causas em ações de impacto. Referências: As referências que você verá a seguir serviram de inspiração para a criação do conteúdo, e não para a transcrição literal de citações. Ou seja, o texto foi elaborado com base no contexto geral e nas ideias presentes nos artigos, mas não são citações diretas, transcritas na íntegra: SILVA, Vanessa Oliveira da; ALBINO, Andréia Aparecida; DUQUE, Luciano Polisseni; CALDEIRA, Tharcisio Alexandrino. Análise da literatura publicada no Brasil sobre marketing social e marketing de causas sociais. Revista Acadêmica de Administração , v. 10, n. 155-165, 2017. Disponível em:<[ https://www.viannasapiens.com.br/revista/article/view/97/83 ]>. Acesso em: 30 jan. 2025. GALLEGO, Angélica Helena Santini Montes; GALINDO, Daniel dos Santos. Criança Esperança: exemplo do marketing de causas sociais, articulado pelas relações públicas. In: V CONGRESSO NACIONAL DE HISTÓRIA DA MÍDIA, 2007, São Paulo. Anais... São Paulo: Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, 2007. Disponível em: <[ http://www.intercom.org.br/papers/outros/hmidia2007/resumos/R0193-1.pdf] >. Acesso em: 30 jan. 2025. ACEVEDO, Claudia Rosa; OLIVEIRA, Leonardo Domingues de; SILVA, Rafael Mendes; CATÃO, Bruno Alves. Percepção de consumidores sobre ações de marketing de causa de empresas privadas . South American Development Society Journal , São Paulo, v. 6, n. 17, p. 40-58, 2020. Disponível em: https://www.sadsj.org/index.php/revista/article/view/300 . Acesso em: 3 fev. 2025.
Por Rodrigo Cavalcante 13 de março de 2025
Este é o último artigo da série “Decisões no Terceiro Setor”. Após discutir sobre as decisões no Terceiro Setor e apresentar um modelo para estruturar as decisões, chegou a hora de apresentar diferentes modelos para a etapa de decisão.
Por Rodrigo Cavalcante 6 de março de 2025
No artigo anterior , discuti sobre algumas das características que diferenciam o Terceiro Setor, além de decisões difíceis que toda liderança de uma ONG enfrenta em sua rotina. E, seguindo a sequência de conteúdos, aaixo compartilharei sobre as etapas de uma decisão com base na literatura do tema. Na liderança de uma organização e na correria do dia a dia, um dos maiores erros que podemos cometer é não estruturar as informações para tomar uma decisão difícil ou importante. O cansaço e/ou a falta de tempo acabam nos levando para um caminho de escolher uma opção pela intuição ou a que soa mais razoável, sem de fato entender nosso verdadeiro objetivo ou explorar e esgotar todas as alternativas possíveis. Uma coisa que aprendi liderando equipes, áreas e uma organização é que nem toda decisão precisa ser tomada no momento em que uma decisão é demandada de você ou de um grupo do qual você faz parte. Com exceção de emergências, quando cada segundo é valioso, podemos pedir mais tempo para refletir melhor sobre as opções levantadas, conversar com outras pessoas e pensar em novas opções. As etapas da tomada e decisão John Hammond, Ralph Keeney e Howard Raiffa apresentam em seu livro “Decisões Inteligentes” um modelo formado por cinco etapas: Problema Qual problema estamos tentando resolver? Muitas vezes partimos para a solução sem delimitar o problema que buscamos solucionar. Objetivo Qual o objetivo principal ao se tomar essa decisão? Alternativas Criação de alternativas viáveis para avaliação posterior Consequências Quais as consequências de cada alternativa? Ao escolher uma alternativa, o que ela gera além de tentar resolver o problema? Concessões (tradeoffs) Dificilmente uma alternativa atenderá todos os objetivos e resolverá completamente um problema difícil e complexo. Ao escolher uma alternativa, do que estou abrindo mão? Decisão Após avaliar e comparar as alternativas, chegou a hora de decidir. Estruturar a decisão seguindo as etapas com certeza ajudará a refletir para uma decisão mais consciente e melhor. Porém, isso não significa um resultado melhor. Aprendemos na prática em nossa vivência nas organizações que não é possível controlar todos os resultados após a tomada de uma decisão. Ou seja, diversos fatores externos influenciarão no resultado final (fenômeno este muito presente na avaliação de impacto, na qual se discute como isolar os fatores externos), seja porque a equipe não executou como o planejado ou porque alguma nova informação (que surgiu após a decisão) evidenciou que a alternativa escolhida não era a melhor. “Uma boa decisão pode gerar um resultado negativo, assim como uma má decisão pode gerar um resultado considerado negativo” Afinal de contas, o que é uma boa decisão? Para Spetzler, Winter e Meyer, uma boa decisão deve atender a seis critérios: Abordagem apropriada para o problema - responde à pergunta ‘o que desejamos resolver?’. Alternativas criativas - o famoso pensar “fora da caixa”. Às vezes, estamos presos nas opções iniciais disponíveis, quando há uma alternativa melhor que ainda não emergiu. Informações relevantes e confiáveis - as informações coletadas apoiam na tomada de decisão e os dados e indicadores utilizados são confiáveis. Raciocínio lógico - é possível demonstrar a lógica da decisão na escolha da alternativa. Valores e concessões delimitados - os valores que embasam a decisão são explícitos e há consciência do que se está abrindo mão ao escolher uma alternativa em detrimento da(s) outra(s). Compromisso com a ação - a decisão direciona para um caminho. Sem ação, não há resultado na maioria das vezes (como quase tudo tem exceção, em algumas decisões há a alternativa de não fazer nada). Portanto, sabendo que não conseguimos controlar 100% dos resultados, nosso foco deve ser em estruturar melhor a decisão para, a partir das informações disponíveis, escolhermos a melhor alternativa. Quando for avaliar uma decisão meses ou anos depois, lembre-se, foi a melhor decisão com as informações disponíveis naquele momento. Não adianta avaliar uma decisão como ruim considerando informações coletadas posteriormente. No próximo artigo e último da série “Decisões no Terceiro Setor” apresentarei alguns modelos de decisão, explorando os contextos em que cada modelo faz mais sentido. Enquanto isso faça a pré-inscrição da sua organização em nosso programas, clicando no link a seguir: https://www.phomenta.com.br/programas-ongs-pre-inscricao Fontes: Decision Quality: Value Creation from Better Business Decisions Smart Choices
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