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Por dentro da Teoria da Mudança

9 de setembro de 2021

Se você já ouviu falar em teoria da mudança e tem um certo medo do termo, fique tranquila: você não está sozinha!


Dentro da realidade de uma organização social que resolve problemas todos os dias e se esforça ao máximo para mudar o mundo, a teoria da mudança pode parecer um monstro de sete cabeças. Costumamos achar que não temos tempo nem para começar a entendê-la.
Por isso, queremos começar dizendo que a teoria da mudança é uma ferramenta incrível, mas não deixa de ser apenas uma ferramenta. 


É uma metodologia complexa criada para ajudar organizações sociais que se propõem a resolver problemas complexos da sociedade. Mas, apesar de complexa, essa metodologia não é uma ferramenta difícil de ser utilizada.
Do mesmo jeito que o papel e a caneta são ferramentas para um escritor, a teoria da mudança é uma ferramenta para a empreendedora social. No caso do escritor, papel e caneta não são as únicas ferramentas que ele tem à disposição. Ele pode escrever seu conteúdo com lápis, no computador, em um caderno, entre outras opções. O que importa é que a ferramenta escolhida funcione para ele gerar o conteúdo que se propõe. O foco não é a ferramenta, mas o que você faz com ela. Dito isso, acreditamos que a teoria da mudança é uma metodologia que ajuda as organizações sociais a aprofundarem sua capacidade de gerar impacto positivo.


E o que é essa famosa teoria da mudança? Colocando de forma bem simples, ela é um mapa. Ou melhor, um mapa do tesouro! O tesouro é o impacto que você quer gerar no mundo, e a teoria é o mapa que vai te mostrar, passo-a-passo, como chegar lá. Pense agora em algum filme de piratas que querem encontrar um tesouro ─ o que eles fazem?


1. Eles começam estudando o tesouro: esse tesouro existe mesmo? Quem foi que disse? De onde veio? Quem contou essa história? O que pode ter dentro do baú? 


2. Quando eles decidem que existe um tesouro valioso, eles analisam onde eles estão, onde o tesouro está e o que existe no caminho entre eles e o tesouro: precisam navegar quantos oceanos? Tem algum monstro conhecido na rota? Tem uma ilha no meio do caminho? Vão precisar atravessar uma floresta? Está enterrado, escondido, afundado?


3. Sabendo o que tem no caminho, eles definem o que precisam para superar os obstáculos: quantos navios? Qual a tripulação necessária? Preciso de um especialista na área? Preciso levar comida para quantos dias? Preciso de pá, escavadeira, tanques de oxigênio? Preciso construir alguma geringonça para alcançar o tesouro?


4. Só depois de terem o que precisam, eles começam a jornada. Mas é isso? Começam a navegar e chegam ao tesouro sem nenhum problema? 


5. Muito pelo contrário… Eles checam as bússolas, equipamentos e estrelas todos os dias para verificar se estão no caminho certo e se adaptam quando aparecem obstáculos inesperados.


Agora você tem a desculpa perfeita para brincar de pirata mesmo depois de adulta. Para fazer a teoria da mudança da sua organização, imagine que vocês são “piratas sociais” e comece pelo tesouro: qual problema quero solucionar e qual impacto quero gerar? A partir daí, monte a estrutura da metodologia. Na Phomenta, usamos essa estrutura simplificada:


- Recursos: inclui recursos humanos, financeiros, infraestrutura e da comunidade (atendidos, colaboradores, diretoria, parceiros). 

- Atividades: principais atividades executadas, ferramentas de tecnologia, processos que utilizam os recursos listados anteriormente. 

- Resultados de curto prazo: resultados imediatos a partir das atividades oferecidas. 

- Resultados de médio prazo: mudanças específicas no comportamento dos participantes, conhecimentos e hábitos adquiridos. 

- Resultados de impacto: mudanças esperadas ou não planejadas em organizações, participantes, ecossistemas, sistemas, comunidades. 


Exemplo preenchido: 


Lembra que falamos que a teoria da mudança é complexa, mas não é difícil? Fez sentido agora? A estrutura é bem simples. É só seguir a imagem acima e as dicas dos piratas de filmes. Mas as respostas para cada um desses quadrinhos é bem complexa. Quando trabalhamos com problemas sociais e ambientais, as explicações não são simples; elas precisam ser estudadas e discutidas. E, quando falamos de mensuração, também pode ser bem complexo entender como medir seus resultados.


Por isso, nosso melhor conselho é: não tente fazer tudo sozinha, muito menos com pressa. Dê tempo e espaço para que você e sua equipe possam pesquisar, conversar, tirar dúvidas, falar com beneficiários e fazer tudo que precisa ser feito para que essas perguntas possam ser respondidas com a profundidade necessária. Essa é a parte da teoria da mudança que leva tantas pessoas a terem aquele certo medo do qual falamos antes. Ela é trabalhosa, então respire fundo quantas vezes precisar e siga sem pressa ou pressão.


Preciso fazer a teoria da mudança para a minha organização? Não. A teoria da mudança é uma ferramenta, não uma obrigação. Por nossa experiência, a teoria da mudança é uma ferramenta que auxilia as organizações na busca pelo impacto desejado e, por isso, utilizamos essa metodologia nas acelerações. Mas isso não quer dizer que seja a única metodologia possível, muito menos que as organizações que não usam a teoria da mudança não podem gerar impacto.


Curtiu esse texto? Compartilhe com os colegas da sua OSC. Recomende o Portal do Impacto às pessoas que possam ter interesse!



Luiza Campos, colaboradora do time Phomenta.


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Em 2025, as mudanças climáticas pautarão ainda mais o Terceiro Setor. Seus impactos afetam diretamente comunidades vulneráveis, economias locais e projetos sociais. Durante o webinar Futuro em Foco: Tendências de 2025 para o Terceiro Setor, integrantes da Phomenta destacaram como as ONGs podem atuar para contribuir no enfrentamento à crise global enquanto promovem sua própria sustentabilidade. Como as mudanças climáticas afetam as comunidades vulneráveis De acordo com o estudo realizado pelo braço de pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), entre 2020 e 2023, registramos uma média anual de 4.077 desastres relacionados ao clima no Brasil, quase o dobro em comparação às duas décadas anteriores. Enchentes como as registradas no Rio Grande do Sul em 2024 ou secas prolongadas em regiões do Nordeste brasileiro evidenciam o desequilíbrio ambiental que afeta principalmente populações mais pobres. O conceito de justiça climática é central nesse debate. Ele propõe que os custos das mudanças climáticas e as ações de adaptação sejam distribuídos de forma justa, priorizando quem mais sofre com os impactos. Porém, segundo a pesquisa Justiça Climática no Brasil , da PwC e o Instituto Locomotiva, apenas 32% dos brasileiros estão familiarizados com o termo, embora 75% reconheçam sua importância quando explicados. Isso reforça o papel das ONGs na educação e mobilização da sociedade, uma das oportunidades para o Terceiro Setor em 2025. Por que ONGs devem priorizar as mudanças climáticas em 2025 As mudanças climáticas influenciam diretamente os planos de atuação e captação de recursos das ONGs. O aumento de desastres naturais não apenas amplia a demanda por ações emergenciais, mas também exige que as organizações adaptem suas práticas e desenvolvam soluções sustentáveis. Leia mais: https://www.portaldoimpacto.com/7-ongs-e-movimentos-que-pautam-justica-climatica-para-conhecer Essa preparação inclui repensar projetos e direcioná-los para as populações mais vulneráveis. Por exemplo, uma ONG que trabalha com segurança alimentar pode incorporar ações para apoiar agricultores familiares afetados por secas ou enchentes. Já organizações que atuam com habitação popular podem focar em soluções de moradia resiliente para eventos climáticos extremos. Tendências e oportunidades para as ONGs em 2025 Captação de recursos alinhada à sustentabilidade: Com o aumento do interesse corporativo em práticas ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa), muitas empresas estão buscando apoiar projetos sustentáveis. ONGs que apresentarem propostas bem estruturadas e transparentes têm grandes chances de atrair financiamento. Educação e conscientização ambiental: A falta de conhecimento sobre os impactos das mudanças climáticas é uma barreira, mas também uma oportunidade. Campanhas educativas podem sensibilizar mais pessoas sobre a importância de ações climáticas e engajar novos apoiadores. Participação na COP30: A Conferência do Clima, que será realizada em Belém do Pará, será uma vitrine global para destacar soluções climáticas locais e reforçar o papel do Brasil na agenda ambiental. ONGs podem aproveitar o evento para ganhar visibilidade, ter novas ideias e estabelecer parcerias. Uso de ferramentas tecnológicas: Plataformas como o Radar de Editais ( https://www.portaldoimpacto.com/radar-de-editais ) ajudam ONGs a encontrar oportunidades de financiamento para projetos relacionados à sustentabilidade. Além disso, tecnologias como sistemas de monitoramento climático podem ser incorporadas em ações locais. As mudanças climáticas representam um desafio sem precedentes, mas também uma oportunidade para as ONGs liderarem ações inovadoras. Com estratégias, parcerias e educação ambiental, é possível não apenas mitigar os efeitos das crises climáticas, mas também promover justiça social e ambiental. Confira o Webinar na íntegra para saber mais sobre o assunto
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