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Primeiros passos no Google Ad Grants

3 de junho de 2021

Este conteúdo foi produzido por Nathalia Gonçalves

No ano passado, publiquei o caminho que percorri para conseguir habilitar no Google Ad Grants no instituto em que eu trabalhava.

Como o conteúdo ficou distribuído em várias postagens, resolvi unir tudo em um único artigo. Assim, talvez eu possa ajudar quem estiver buscando informações sobre o assunto.

Esse artigo é para quem é bem iniciante. Então, eu vou começar... pelo começo:


O que é o Google Ad Grants?


É um programa para organizações da sociedade civil, no qual o Google disponibiliza 10.000 dólares mensais em anúncios para que cada organização possa divulgar sua causa. Isso significa aparecer no topo das buscas no Google.


Por que a OSC em que eu trabalho deveria ser usuária deste benefício?


75% dos usuários de buscadores on-line não passam da primeira página de pesquisa, segundo o Hubspot. Ou seja, aparecer no topo das buscas do Google é um fator estratégico para a visibilidade das organizações da sociedade civil. Com mais visibilidade, é possível mobilizar mais recursos, parceiros e, assim, existir nesse mundo cada vez mais digital.

Neste artigo, apenas explico como habilitar a sua organização no Google Ad Grants.

Produzir e colocar no ar os anúncios é a parte mais complexa (mas não impossível! Leia até o final do artigo). Sugiro que alguém fique responsável pela habilitação e que a ONG procure algum voluntário que entenda de implementação de Google Ads.

Vamos lá:

1. Sua organização precisa ter um cadastro na Techsoup.

Esse é um pré-requisito para ser uma organização habilitada no Google Ad Grants. A Techsoup tem vários parceiros na área de tecnologia, que concedem descontos nas compras de licenças e produtos digitais. Se a sua organização ainda não é cadastrada na Techsoup, faça já o cadastro! (Eles solicitam alguns documentos, e a avaliação pode levar alguns dias).


2. Depois, você se habilita no Google.

Após ser aprovado na Techsoup, eles vão gerar um CÓDIGO DE VALIDAÇÃO do cadastro da sua OSC. Você precisa copiar esse código, acessar o site do Google para organizações sem fins lucrativos, fazer o login e colar o código de validação quando solicitado.


Em seguida, aparecerá uma tela com Produtos do Google para você escolher. Nesse momento, clique em Google Ad Grants. Inclusive, você também pode escolher qualquer produto, já que o Google tem diversas opções para nonprofits. 


Eles vão solicitar que você preencha um formulário de elegibilidade. Em determinada parte do formulário, você tem que assistir a um vídeo e responder a algumas perguntas de Verdadeiro ou Falso. Fiquei com o maior medo de ser reprovada, rs.


O vídeo tem 5 minutos, e eu assisti com papel e caneta na mão achando que era vestibular. Mas, olha, não é nada complicado! O vídeo está no Youtube e você pode assistir quando quiser.


Não se preocupe, não é um vestibular. Eles querem ter a certeza de que você está disposto a prestar atenção em um pequeno vídeo, pois se você não tiver essa disponibilidade de tempo e energia, melhor nem começar a se aventurar pelo universo do Google Ad Grants (acho que a mensagem implícita é essa).


O vídeo fala sobre 3 pontos principais:

  • As campanhas criadas no Google Ad Grants devem estar relacionadas à missão da OSC;
  • O site da OSC deve ter alta qualidade e estar atualizado;
  • A conta no Google Ad Grants deve estar bem configurada (aqui entra o conhecimento especializado na hora da implementação).


IMPORTANTE: os anúncios devem sempre ser direcionados para o site da organização. Muitas organizações possuem plataformas de doação externas ao próprio site (como a Trackmob), mas os anúncios não podem ser direcionados a nenhum ambiente externo ao site da OSC. Já deixo isso avisado para que todos estejam cientes de quais serão as possibilidades de uso do Google Ad Grants lá na frente.


Depois de submeter o formulário, eles dão um prazo de análise de 3 dias úteis. 


3. Aprovou? Não aprovou. Vai aprovar!

Na época em que fiz a nossa solicitação, o Google não nos aceitou logo de cara. Isso porque o nosso site estava com o certificado de segurança vencido (sabe o que é isso? É aquele cadeadinho que aparece no canto esquerdo do campo onde você digita a URL do site).


Foi muito importante que eles tenham nos notificado sobre isso, pois eu mesma não tinha reparado. E a segurança de qualquer site é muito importante, não somente por conta do Google Ad Grants.


Caso o seu site tenha problemas de programação e seja lento, por exemplo, você será notificado, e a OSC só poderá ser habilitada quando essas pendências forem resolvidas. 


Para saber quais os requisitos de um site em conformidade com a aplicação do Google Ad Grants, é só entrar neste link: https://lnkd.in/dYHA4X5


Se o site da OSC estiver certinho ー "nos conformes", eles te enviarão um email com a habilitação após a análise!


4. Como rodar os primeiros anúncios?

Agora chegou a parte mais complexa: colocar as campanhas no ar.

Eu, sem nenhum conhecimento prévio, consegui rodar alguns anúncios e implementar palavras-chaves (e novamente passei por algumas reprovações e aprovações do Google). Depois, tivemos apoio de voluntários super competentes e especializados em marketing digital, que deixaram tudo organizado para nós. 

Para aqueles que querem tentar sozinhos, indico dois vídeos da RISU. Foi assistindo ー e pausando ー a aula do Brunno Oliveira que consegui entender o que precisava ser feito.


Alô, Google! Precisamos de treinamentos assim, "for dummies" como eu!


Seguem os vídeos:

Pronto!


Agora, é só implementar esse passo a passo para que sua OSC seja facilmente encontrada por futuros aliados interessados em sua causa! :)


Depois me conta se sua OSC utiliza o Google Ad Grants.


P.S.: O Google costuma atualizar alguns procedimentos com frequência. Pode ser que, no momento em que você esteja lendo esse artigo, alguma etapa tenha sido alterada.



Este conteúdo foi produzido por Nathalia Gonçalves

Elisa Pires - Escola Unganda

Nathalia Gonçalves é mestre em Ciência Política, trabalha na área de impacto social desde 2014, desenvolvendo trabalhos na área de parcerias, comunicação e captação de recursos em OSCs como Pró-Saber SP e Instituto Tellus. Atualmente tem se aprofundado em temas relacionados ao uso da tecnologia no setor de impacto. É apaixonada por escrever, compartilhar conhecimento e de um bom café. Caso tenha interesse em conversar sobre algum artigo, ideia ou aleatoriedades, envie um email: nathaliacpol@gmail.com



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Referências: https://www.intergenerational-trauma.com/ https://ssir.org/articles/entry/healing-trauma-systems CYCLES OF TRAUMA AND THE JOURNEY TO WELLBEING: A Framework For Trauma Informed Practices & Positive Social Change. Executive Summary & Part I: Why Does Trauma Matter for Wellbeing and Social Change?
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Em 2025, as mudanças climáticas pautarão ainda mais o Terceiro Setor. Seus impactos afetam diretamente comunidades vulneráveis, economias locais e projetos sociais. Durante o webinar Futuro em Foco: Tendências de 2025 para o Terceiro Setor, integrantes da Phomenta destacaram como as ONGs podem atuar para contribuir no enfrentamento à crise global enquanto promovem sua própria sustentabilidade. Como as mudanças climáticas afetam as comunidades vulneráveis De acordo com o estudo realizado pelo braço de pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), entre 2020 e 2023, registramos uma média anual de 4.077 desastres relacionados ao clima no Brasil, quase o dobro em comparação às duas décadas anteriores. Enchentes como as registradas no Rio Grande do Sul em 2024 ou secas prolongadas em regiões do Nordeste brasileiro evidenciam o desequilíbrio ambiental que afeta principalmente populações mais pobres. O conceito de justiça climática é central nesse debate. Ele propõe que os custos das mudanças climáticas e as ações de adaptação sejam distribuídos de forma justa, priorizando quem mais sofre com os impactos. Porém, segundo a pesquisa Justiça Climática no Brasil , da PwC e o Instituto Locomotiva, apenas 32% dos brasileiros estão familiarizados com o termo, embora 75% reconheçam sua importância quando explicados. Isso reforça o papel das ONGs na educação e mobilização da sociedade, uma das oportunidades para o Terceiro Setor em 2025. Por que ONGs devem priorizar as mudanças climáticas em 2025 As mudanças climáticas influenciam diretamente os planos de atuação e captação de recursos das ONGs. O aumento de desastres naturais não apenas amplia a demanda por ações emergenciais, mas também exige que as organizações adaptem suas práticas e desenvolvam soluções sustentáveis. Leia mais: https://www.portaldoimpacto.com/7-ongs-e-movimentos-que-pautam-justica-climatica-para-conhecer Essa preparação inclui repensar projetos e direcioná-los para as populações mais vulneráveis. Por exemplo, uma ONG que trabalha com segurança alimentar pode incorporar ações para apoiar agricultores familiares afetados por secas ou enchentes. Já organizações que atuam com habitação popular podem focar em soluções de moradia resiliente para eventos climáticos extremos. Tendências e oportunidades para as ONGs em 2025 Captação de recursos alinhada à sustentabilidade: Com o aumento do interesse corporativo em práticas ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa), muitas empresas estão buscando apoiar projetos sustentáveis. ONGs que apresentarem propostas bem estruturadas e transparentes têm grandes chances de atrair financiamento. Educação e conscientização ambiental: A falta de conhecimento sobre os impactos das mudanças climáticas é uma barreira, mas também uma oportunidade. Campanhas educativas podem sensibilizar mais pessoas sobre a importância de ações climáticas e engajar novos apoiadores. Participação na COP30: A Conferência do Clima, que será realizada em Belém do Pará, será uma vitrine global para destacar soluções climáticas locais e reforçar o papel do Brasil na agenda ambiental. ONGs podem aproveitar o evento para ganhar visibilidade, ter novas ideias e estabelecer parcerias. Uso de ferramentas tecnológicas: Plataformas como o Radar de Editais ( https://www.portaldoimpacto.com/radar-de-editais ) ajudam ONGs a encontrar oportunidades de financiamento para projetos relacionados à sustentabilidade. Além disso, tecnologias como sistemas de monitoramento climático podem ser incorporadas em ações locais. As mudanças climáticas representam um desafio sem precedentes, mas também uma oportunidade para as ONGs liderarem ações inovadoras. Com estratégias, parcerias e educação ambiental, é possível não apenas mitigar os efeitos das crises climáticas, mas também promover justiça social e ambiental. Confira o Webinar na íntegra para saber mais sobre o assunto
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