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Governança de A a Z - O que é governança das ONGs? Vamos desmistificar!

22 de julho de 2022

Este conteúdo foi produzido por Karen Lassner


Olá a todos! Sou Karen Lassner, especialista em governança das ONGs. Imagino que já tenha ouvido falar de governança, mas talvez tenha tido um pouco de dificuldade para entender do que se trata e como fazer para aplicá-la em sua ONG. Assim, para entender Governança de A a Z, me acompanhe aqui no Portal do Impacto, que irei desmistificar esse termo e compartilhar boas práticas de governança para sua organização. Vem comigo!


A palavra “governança” se refere a como o poder é assumido, transferido e exercido em uma sociedade ou organização. “Boa governança” é o ato de dividir autoridade de forma que o poder e os recursos não se acumulem nas mãos de um único indivíduo ou grupo


Em muitas democracias, inclusive no Brasil, vemos a presença dos três poderes: o Executivo, o Judiciário e o Legislativo. Isso se dá, exatamente para que haja equilíbrio e uma divisão entre poderes, o que chamamos de sistema de “freios e contrapesos”. Por exemplo, o poder Executivo pode vetar uma lei votada e aprovada pelo Congresso, o poder Judiciário pode declarar inconstitucional uma lei aprovada pelo Congresso e o poder Legislativo pode revogar uma medida provisória exarada pelo Executivo. 


Em se tratando de ONGs, uma boa governança significa dizer que a ONG se organiza de forma que o poder sobre a tomada de decisões e o uso dos recursos não se acumulam nas mãos de um único indivíduo ou grupo de pessoas como, por exemplo, nas de seus fundadores ou dos diretores. A boa governança de uma ONG também tem a ver com como ela administra seus recursos, presta contas e, acima de tudo, estabelece procedimentos para monitorar o cumprimento da sua missão.


As ONGs existem para trabalhar no interesse público. Quando uma ONG tem boa governança, a sociedade pode ter certeza de que ela trabalha em prol do interesse público. A sociedade pode confiar que os recursos estão sendo bem utilizados e que a ONG está realizando a sua missão, justamente porque existem freios e contrapesos entre os diferentes órgãos na sua estrutura de governança.


A governança de uma ONG começa com a sua declaração de missão e o estatuto. Esses dois elementos são a fundação ou a base para a governança.


A missão é a razão pela qual uma ONG existe ou a necessidade que ela visa atender no país ou em uma dada comunidade. Quando uma ONG é formada, sua missão deve constar no seu estatuto. 


Além de identificar a missão, o estatuto é o documento da ONG onde se descreve sua estrutura de governança, que pode tomar diferentes formas. Vamos ver algumas a seguir:


Assembleia Geral e Diretoria Executiva


A estrutura de governança de muitas ONGs no Brasil consiste em ter uma Assembleia Geral e uma Diretoria Executiva, como mostra a figura abaixo: 


Neste caso, há um órgão de governança, a Assembleia Geral, que “governa” o que faz a Diretoria Executiva. Isto é, existem freios e contrapesos entre os dois órgãos para que nenhum acumule todo o controle de autoridade ou recursos. Por exemplo: enquanto cabe à Diretoria Executiva elaborar e executar o programa anual de atividades, é responsabilidade da Assembleia Geral aprovar o relatório anual de atividades apresentado pela Diretoria Executiva. 


Assembleia Geral, Diretoria Executiva e Conselho Fiscal


Muitas ONGs (inclusive todas as com título de OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) tem também um Conselho Fiscal na sua estrutura de governança, como nesta figura:


No caso acima, há dois órgãos de governança: a Assembleia Geral e o Conselho Fiscal. A Assembleia Geral  “governa” a Diretoria Executiva, como descrito acima, e o Conselho Fiscal fiscaliza a utilização dos recursos da ONG. Nessa estrutura de governança, um exemplo de freios e contrapesos é a análise, por parte do Conselho, das contas da Diretoria Executiva no final de cada exercício, e a sua aprovação pela Assembleia Geral.


Assembleia Geral, Diretoria Executiva, Conselho Fiscal e Conselho de Administração


Outras ONGs tem uma estrutura mais robusta de governança como mostra a figura:


No caso acima, há três órgãos de governança: a Assembleia Geral, o Conselho Fiscal e o Conselho de Administração (que também pode ser chamado de Conselho Deliberativo, Administrativo ou Diretor). Nessa estrutura, o Conselho de Administração torna-se o órgão principal de governança. Surge a pergunta, então: por que ter um Conselho de Administração quando existe a Assembleia Geral? A resposta é simples: para a maioria das ONGs a Assembleia Geral se reúne apenas uma vez por ano. Para haver boa governança, é preciso haver um órgão que exerça uma supervisão estratégica constante e uniforme e que tenha autoridade para tomar decisões. Por isso, recomendo que todas as ONGs contam com um Conselho de Administração que possa estar regularmente engajado no processo de liderar a organização no período entre Assembleias Gerais dos membros.

Não existe nenhum impedimento legal ao estabelecimento de um Conselho de Administração. Os estatutos das ONGs devem deixar claro que a Assembleia Geral pode delegar a maioria das responsabilidades de governança a uma segunda instância de governança: o Conselho de Administração.


Agora que está mais compreensível sobre como organizar uma boa estrutura de governança na sua ONG, vamos às funções principais de governança de cada órgão:


A Assembleia Geral é responsável pelas decisões mais importantes da entidade, tais como alteração dos estatutos e destituição de membros de outros órgãos, incluindo a Diretoria Executiva.


O Conselho Fiscal opina sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil e sobre as operações patrimoniais realizadas. Examina as contas da Diretoria Executiva no final de cada exercício, submetendo-as à aprovação da Assembleia Geral.


O Conselho de Administração orienta e supervisiona, de forma mais ampla e estratégica, o trabalho desenvolvido pela ONG para que cumpra com a sua missão, tenha impacto social, seja sustentável financeiramente, atue no interesse público e preste contas à sociedade.


A Diretoria Executiva não é um órgão de governança na estrutura da ONG, mas tem responsabilidades de governança. Algumas dessas responsabilidades são: exercer uma gestão financeira responsável, garantir uma prestação de contas financeira e programática, e liderar a ONG dedicando-se à missão, obedecendo as mais elevadas normas éticas e cumprindo com a lei.


Reflexão: se você me acompanhou até agora, pode estar se perguntando por onde começar para ter uma estrutura de boa governança na sua ONG. Essas são as minhas recomendações: 


  1. Crie um Conselho de Administração com pelo menos cinco pessoas, assegurando diversidade entre os conselheiros quanto às características pessoais, experiência profissional e relações sociais.
  2. Crie um Conselho Fiscal com pelo menos três pessoas independentes da organização com experiência financeira e contábil. 
  3. Inclua esses conselhos como órgãos de governança da sua ONG numa alteração do estatuto.


Continue a me seguir aqui no Portal do Impacto, onde terá a oportunidade de aprender mais sobre as funções desses conselhos e como fortalecer cada vez mais a governança da sua ONG. 


Mais!!! Leia a série Sua ONG do Zero!


Pode também me seguir no Instagram
https://www.instagram.com/karenlassner/ onde publico sobre temas relacionados à governança e liderança das ONGs.


Se quiser tirar uma dúvida, pode entrar em contato comigo por e-mail:
lassner.karen@gmail.com.


Boa sorte!





Karen Lassner é mestre em saúde pública e estudos latinoamericanos pela Universidade da Califórnia, Los Angeles. Estadounidense, há mais de 35 anos dedica-se a fortalecer a governança e liderança de organizações dos setores público e sem fins lucrativos. É membro dos conselhos da BrazilFoundation, Abraço Campeão e MIUSA.


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Sugestões de conteúdos e formatos para Instagram: Posts no feed: crie gráficos simples que explicam, por exemplo, como a reciclagem contribui para a diminuição da poluição e a preservação dos recursos naturais. Estudos indicam que uma linguagem simples e direta amplia o alcance e facilita o engajamento, transformando a comunicação em uma ferramenta de mobilização (SILVA et al., 2017). Exercícios e perguntas adicionais para a produção de conteúdo Para aprofundar a estratégia de comunicação, as ONGs podem utilizar os seguintes questionamentos: Identificação da causa "Quais desafios nossa causa enfrenta e como nossas ações podem contribuir para superá-los?" Engajamento do público "Qual formato de conteúdo (texto, imagem, vídeo) gera mais interação com nosso público?" Resultados e impacto "Como podemos medir o sucesso de nossas campanhas? Quais indicadores refletem o engajamento e a mobilização da comunidade nas redes?" 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Disponível em:<[ https://www.viannasapiens.com.br/revista/article/view/97/83 ]>. Acesso em: 30 jan. 2025. GALLEGO, Angélica Helena Santini Montes; GALINDO, Daniel dos Santos. Criança Esperança: exemplo do marketing de causas sociais, articulado pelas relações públicas. In: V CONGRESSO NACIONAL DE HISTÓRIA DA MÍDIA, 2007, São Paulo. Anais... São Paulo: Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, 2007. Disponível em: <[ http://www.intercom.org.br/papers/outros/hmidia2007/resumos/R0193-1.pdf] >. Acesso em: 30 jan. 2025. ACEVEDO, Claudia Rosa; OLIVEIRA, Leonardo Domingues de; SILVA, Rafael Mendes; CATÃO, Bruno Alves. Percepção de consumidores sobre ações de marketing de causa de empresas privadas . South American Development Society Journal , São Paulo, v. 6, n. 17, p. 40-58, 2020. Disponível em: https://www.sadsj.org/index.php/revista/article/view/300 . Acesso em: 3 fev. 2025.
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No artigo anterior , discuti sobre algumas das características que diferenciam o Terceiro Setor, além de decisões difíceis que toda liderança de uma ONG enfrenta em sua rotina. E, seguindo a sequência de conteúdos, aaixo compartilharei sobre as etapas de uma decisão com base na literatura do tema. Na liderança de uma organização e na correria do dia a dia, um dos maiores erros que podemos cometer é não estruturar as informações para tomar uma decisão difícil ou importante. O cansaço e/ou a falta de tempo acabam nos levando para um caminho de escolher uma opção pela intuição ou a que soa mais razoável, sem de fato entender nosso verdadeiro objetivo ou explorar e esgotar todas as alternativas possíveis. Uma coisa que aprendi liderando equipes, áreas e uma organização é que nem toda decisão precisa ser tomada no momento em que uma decisão é demandada de você ou de um grupo do qual você faz parte. Com exceção de emergências, quando cada segundo é valioso, podemos pedir mais tempo para refletir melhor sobre as opções levantadas, conversar com outras pessoas e pensar em novas opções. As etapas da tomada e decisão John Hammond, Ralph Keeney e Howard Raiffa apresentam em seu livro “Decisões Inteligentes” um modelo formado por cinco etapas: Problema Qual problema estamos tentando resolver? Muitas vezes partimos para a solução sem delimitar o problema que buscamos solucionar. Objetivo Qual o objetivo principal ao se tomar essa decisão? Alternativas Criação de alternativas viáveis para avaliação posterior Consequências Quais as consequências de cada alternativa? Ao escolher uma alternativa, o que ela gera além de tentar resolver o problema? Concessões (tradeoffs) Dificilmente uma alternativa atenderá todos os objetivos e resolverá completamente um problema difícil e complexo. Ao escolher uma alternativa, do que estou abrindo mão? Decisão Após avaliar e comparar as alternativas, chegou a hora de decidir. Estruturar a decisão seguindo as etapas com certeza ajudará a refletir para uma decisão mais consciente e melhor. Porém, isso não significa um resultado melhor. Aprendemos na prática em nossa vivência nas organizações que não é possível controlar todos os resultados após a tomada de uma decisão. Ou seja, diversos fatores externos influenciarão no resultado final (fenômeno este muito presente na avaliação de impacto, na qual se discute como isolar os fatores externos), seja porque a equipe não executou como o planejado ou porque alguma nova informação (que surgiu após a decisão) evidenciou que a alternativa escolhida não era a melhor. “Uma boa decisão pode gerar um resultado negativo, assim como uma má decisão pode gerar um resultado considerado negativo” Afinal de contas, o que é uma boa decisão? Para Spetzler, Winter e Meyer, uma boa decisão deve atender a seis critérios: Abordagem apropriada para o problema - responde à pergunta ‘o que desejamos resolver?’. Alternativas criativas - o famoso pensar “fora da caixa”. Às vezes, estamos presos nas opções iniciais disponíveis, quando há uma alternativa melhor que ainda não emergiu. Informações relevantes e confiáveis - as informações coletadas apoiam na tomada de decisão e os dados e indicadores utilizados são confiáveis. Raciocínio lógico - é possível demonstrar a lógica da decisão na escolha da alternativa. Valores e concessões delimitados - os valores que embasam a decisão são explícitos e há consciência do que se está abrindo mão ao escolher uma alternativa em detrimento da(s) outra(s). Compromisso com a ação - a decisão direciona para um caminho. Sem ação, não há resultado na maioria das vezes (como quase tudo tem exceção, em algumas decisões há a alternativa de não fazer nada). Portanto, sabendo que não conseguimos controlar 100% dos resultados, nosso foco deve ser em estruturar melhor a decisão para, a partir das informações disponíveis, escolhermos a melhor alternativa. Quando for avaliar uma decisão meses ou anos depois, lembre-se, foi a melhor decisão com as informações disponíveis naquele momento. Não adianta avaliar uma decisão como ruim considerando informações coletadas posteriormente. No próximo artigo e último da série “Decisões no Terceiro Setor” apresentarei alguns modelos de decisão, explorando os contextos em que cada modelo faz mais sentido. Enquanto isso faça a pré-inscrição da sua organização em nosso programas, clicando no link a seguir: https://www.phomenta.com.br/programas-ongs-pre-inscricao Fontes: Decision Quality: Value Creation from Better Business Decisions Smart Choices
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