Siga-Nos!


Assine a nossa

newsletter

Logo do Portal do Impacto

Potencializando as redes sociais da sua ONG: ChatGPT e Canva-Pro como aliados

9 de dezembro de 2024

Tornar sua ONG mais conhecida ajuda na melhora da captação de recursos, atrai voluntários engajados e aumenta o impacto na causa em que você acredita. Você já refletiu ou conversou com sua equipe sobre a forma como lidam com a comunicação institucional?

Sabemos que, com tantas responsabilidades, pode ser difícil dedicar tempo para gerenciar as redes sociais da ONG, criar um perfil no Instagram ou gravar vídeos para o TikTok.  Com as instruções e as ferramentas certas, é possível otimizar a energia dedicada para este trabalho e produzir uma comunicação mais eficiente com seu público.

Se seu desafio está na familiaridade com essas plataformas, a boa notícia é que você não precisa mais fazer isso sozinho. A inteligência artificial veio para simplificar, e o
ChatGPT pode se tornar um bom aliado.


A seguir, vamos orientar práticas para uso do ChatGPT com foco em facilitar a elaboração de planos de comunicação, profissionalização de perfis, criação de scripts/falas para vídeos e muito mais. Siga conosco! 


Como acessar e usar o ChatGPT: a importância dos comandos para bons resultados

O ChatGPT é uma ferramenta poderosa para gerar conteúdos, resolver problemas e otimizar tarefas. Para utilizá-lo, basta acessar o site chat.openai.com, criar uma conta ou fazer login, e começar a interagir com o chat.


O segredo para obter respostas úteis está na clareza do prompt, ou seja, o comando ou pergunta que você insere no chat. Um bom prompt deve ser claro, detalhado e objetivo. Ele funciona como a base para que a inteligência artificial entenda exatamente o que você precisa. Por exemplo, ao pedir ideias de postagens, informe sobre o propósito da ONG e o tipo de engajamento desejado. Ao solicitar um roteiro para vídeo, especifique o tempo e o tom esperado.


Quanto mais informações relevantes você fornecer no comando, melhores serão os resultados gerados. A prática ajuda a criar prompts mais eficientes, e o ChatGPT se tornará um grande aliado no dia a dia da sua ONG.


Usando o ChatGPT para criar uma biografia clara e concisa


A biografia é um dos primeiros elementos na criação de um perfil para redes sociais. É através dela que se pode criar uma boa primeira impressão nos visitantes do seu perfil. Por isso, deve refletir a essência da sua ONG de forma curta e clara. Para ajudar nesse quesito, você pode usar o seguinte comando:

Comando:

"Crie uma biografia para o perfil da ONG [nome da sua ONG], que atua na área de [escreva sua área de atuação], promovendo [descreva o tipo de impacto gerado]. Use uma linguagem simples, clara e concisa,  limitando-se a 150 caracteres."

Ao utilizar este comando no ChatGPT, você receberá uma biografia objetiva e ligada ao propósito da causa que sua organização atua, o que é ideal para o Instagram e LinkedIn, destacando a missão e o impacto da sua OSC.

Se a primeira versão da biografia gerada pelo ChatGPT não agradar, você pode solicitar ajustes e versões alternativas com base em um pedido mais detalhado. Por exemplo:

"Reescreva a biografia utilizando uma linguagem mais inspiradora e destaque [elemento específico, como impacto regional ou foco na comunidade]."

Vale lembrar que a IA pode sugerir termos ou frases que não se encaixam perfeitamente na essência da sua ONG. Nesse caso, revise os termos sugeridos e, se necessário, peça algo mais alinhado:

"Substitua '[termo/expressão]' por '[termo mais adequado]' e ajuste o tom para algo mais [profissional, acolhedor, etc.]."

Dessa forma, o texto final ficará cada vez mais próximo do tom desejado. Quanto mais específica as orientações, melhores os resultados.


Gere ideias de publicações semanais para Redes Sociais


Manter suas redes sociais atualizadas é importante para engajar o público e aumentar a visibilidade de sua causa. 

Além disso, sabemos que o algoritmo das redes beneficia os perfis que publicam com mais frequênciae, para que essa rotina de postagens funcione bem, um plano com uma programação simples de conteúdos que desejam divulgar, pode facilitar esse trabalho. Quanto mais planejado estivermos em relação às publicações, com dia e horas definidas para isso acontecer, maior a chance de fazer com que a rede social trabalhe a nosso favor. Com o ChatGPT, você pode organizar seu conteúdo de forma rápida e assertiva.

Comando:

"Sugira 5 ideias de postagens para o Instagram da ONG [nome da sua ONG], voltadas para conscientização, engajamento e doação."

Obs: neste comando podemos adaptar os objetivos, como por exemplo: dar visibilidade às causas, informar nossa missão, educar sobre a causa de atuação, entre outros…


Ao enviar essa diretriz ao ChatGPT ele fornecerá cinco sugestões de correspondências aos objetivos de sua ONG, facilitando o planejamento semanal e mantendo o público envolvido.

Dica: após receber uma resposta, avalie se a linguagem e as ideias estão alinhadas a forma como sua instituição costuma se comunicar e aos objetivos da campanha. Caso algo não esteja de acordo com suas expectativas, forneça mais detalhes ou ajustes para que a IA refine as sugestões, você pode manter uma conversa com o chat e ir adaptando às necessidades que o texto apresentar no momento. Se o resultado atender às suas expectativas, você pode usar esse processo para gerar novas ideias regularmente, criando um planejamento semanal rápido e mantendo seu público engajado.


Redija e-mails para campanhas de Captação de Recursos com o ChatGPT


Criar uma série de e-mails permite que os relacionamentos com doadores e parceiros sejam estreitados, além de incentivar novas contribuições. Atente-se ao comando e veja como proceder com essa tarefa.

Comando:

“Crie um e-mail curto e atrativo para captar recursos para o projeto [nome do projeto], destacando o impacto que cada ação pode gerar”.

O ChatGPT produzirá um e-mail que comunica de forma clara a importância do projeto e como cada ação contribui para o impacto social desejado. Assim, aumentando as chances de sensibilizar novos doadores e parceiros. 


Para obter os melhores resultados, complemente a solicitação com informações específicas sobre o contexto do projeto e as características do público-alvo, sem exportar dados sensíveis ou proteção da organização. Esse cuidado permite que o e-mail seja mais relevante e tenha um impacto maior, aumentando o engajamento dos destinatários.



Elabore scripts para vídeos no TikTok e Instagram Reels


Vídeos curtos tendem a aumentar de forma significativa o alcance e o engajamento de sua ONG nas redes sociais. Gravar vídeo pode ser um desafio e tanto para algumas pessoas, mas com um roteiro e falas definidas fica muito mais fácil, e o ChatGPT também pode ajudar nessa questão.


Comando:

"Crie um roteiro de 30 segundos para um vídeo que explique de forma criativa e divertida o impacto da ONG [nome da sua ONG] na comunidade.


Para resultados mais personalizados, incluir no comando informações como a localidade onde a ONG atua, a causa defendida, o público-alvo que deseja alcançar e os principais resultados obtidos até agora. Esses insumos ajudam a criar um roteiro mais conectado com a realidade da OSC e o interesse do público, deixando a mensagem mais relevante. Com isso, você receberá um roteiro criativo que poderá ser usado ou adaptado para criar vídeos interessantes, destacando o trabalho de sua ONG e incentivando a participação do público.


Dificuldades com as artes? O Canva-Pro pode dar aquele empurrãozinho


Para quem não tem muita familiaridade com ferramentas para elaboração de peças digitais para as redes sociais ou para fazer a impressão de folders ou cartazes, o Canva é de grande ajuda.  Mas agora, uma novidade muito interessante para organizações da sociedade civil é que recentemente o Canva lançou a versão Pró da ferramenta gratuita para ONGs. 

Com a versão Pró é possível melhorar significativamente a comunicação visual de sua organização. Com esse acesso, sua ONG poderá criar materiais profissionais. 


Para conseguir essa oferta,
visite o site oficial do Canva para ONGs, verifique os requisitos de elegibilidade e preencha o formulário de solicitação. Aproveite essa oportunidade para potencializar o impacto da sua organização com recursos avançados de design!


Em conclusão…

Gerenciar a comunicação da sua ONG pode ser mais fácil. Com o uso do ChatGPT, você pode criar conteúdo relevante, automatizar tarefas e potencializar seu impacto. E com o Canva-Pro você pode ter acesso a recursos avançados de design de forma prática, com usabilidade intuitiva e de fácil manejo.



Foto Fernando, um homem de 34 anos, cabelos pretos raspados e pele parda.

Fernando Porto

Pai do Miguel. Campineiro com alma de mineiro. Ex-publicitário, designer por natureza e apaixonado pelo trabalho criativo. Sempre gostei de dar vida (forma) a novas ideias. Comecei com o design gráfico, parti para a área de comunicação, e na Phomenta encontrei um sentido nisso tudo. Comunicar com propósito é o que me inspira. 

Foto Fernando, um homem de 34 anos, cabelos pretos raspados e pele parda.

Pâmela Lima

Relações Públicas, mestranda em educação, apaixonada por conectar marcas e pessoas no mundo digital. Como RP e Especialista em Marketing, Inovação e Estratégia no ambiente digital, eu me dedico a criar planos de comunicação que realmente façam sentido para os públicos estratégicos alinhados aos objetivos de negócio das organizações. 

Se este artigo foi útil para você, inscreva-se em nossa newsletter! Toda semana, fazemos uma curadoria especial de conteúdos relevantes para ONGs, trazendo dicas, ferramentas e ideias que podem potencializar o impacto da sua organização.


Inscreva-se na nossa Newsletter

Últimas publicações

Por Sara Dias 17 de fevereiro de 2025
Como o tema de saúde mental tem ressoado em sua organização social? 
Por Maria Cecilia Prates  6 de fevereiro de 2025
Há quatro anos (em 2020), Esther Duflo , uma das ganhadoras do prêmio Nobel d e Economia em 2019, participou do 10º evento internacional da XP Investimentos no Brasil. Participação à distância (por vídeo-entrevista), porém bastante interessante. Só relembrando, a razão do Prêmio Nobel em Economia ter sido concedido a Esther Duflo, juntamente com Abhijit Banerjee (seu marido) e Michael Kremer, foi a contribuição de suas pesquisas experimentais para atestarem a efetividade de políticas públicas para a redução da pobreza global. Conforme ela fez questão de ressaltar, com a premiação eles conseguiram evidenciar a importância dos “experimentos clínicos randomizados” (com grupos do experimento e grupos de controle) aplicados ao campo do desenvolvimento econômico e das políticas públicas. Duflo e seus companheiros do Nobel são ardorosos defensores do rigor metodológico para avaliar a efetividade das políticas públicas, para saber o que funciona e o que não funciona. São métodos baseados em técnicas estatísticas complexas e acessíveis apenas a iniciados, de longa maturação e muito onerosos. Para além das políticas e programas públicos, ter impacto social tornou-se atualmente um pré-requisito obrigatório. Tudo deve ter impacto benéfico (social ou ambiental) para justificar a sua razão de existir: são os projetos de impacto, as ongs de impacto, os investimentos de impacto, as empresas de impacto, e por aí vai…. Daí pergunto: Se medir impacto implica em métodos tão complexos e caros, como avaliar o impacto social e ambiental das iniciativas conduzidas por cada ONG ou empresa? Uma vez que recursos estão sendo desembolsados com a finalidade explicitada de ter impacto social, então é mandatório verificar se os resultados pretendidos foram realmente atingidos. Ainda mais tendo em vista a nossa realidade atual, tão cheia de problemas de pobreza, injustiças, desequilíbrios e sofrimentos de toda ordem. Pois boas intenções não bastam; ou melhor, mudar o discurso, mas continuar atuando como sempre. É uma questão ética cumprir o que se promete. Mas, devemos ter clareza de que pouquíssimas iniciativas comportam avaliação de impacto, segundo o rigor metodológico experimental preconizado por Duflo. Para começar, é preciso que sejam iniciativas de grande porte e com amplo raio de influência, que justifique uma avaliação de impacto comme il faut; e também com bastante recursos disponíveis para financiar essa avaliação. Por outro lado, avaliar impacto de forma pouco criteriosa não transmite a confiabilidade demandada pelos s takeholders envolvidos, não consegue ser ferramenta de gestão útil, além de representar desperdício de tempo e recursos. Então, como sair desse dilema? Como se vê, estamos frente ao seguinte imbróglio: hoje em dia quase todas as organizações, lucrativas ou não, dizem operar com impacto. Porém, a medição correta do impacto é tão complexa e onerosa que tem se mostrado acessível a pouquíssimas instituições, normalmente do setor público e organismos internacionais. Ao final de sua entrevista nesse evento da XP, Esther Duflo deu a sua orientação. Sim, é preciso ser rigoroso e disciplinado para medir os impactos de estratégias que são inovadoras . Uma vez já testados e comprovados os impactos dessas estratégias (ou dessas teorias de mudança), elas passam a fazer parte de um “ portfólio de bons projetos ”, que poderão ser implementados por outras organizações. Então, quando a estratégia for replicada, não haverá mais a necessidade de testar o seu impacto, pois já foi medido. Dou aqui um exemplo. Suponha uma nova estratégia de alfabetização de adultos. Digamos que essa nova estratégia foi aplicada em 10 municípios. Ao final de 5 anos, foi feita a avaliação experimental de impacto com todo o rigor estatístico e, concluiu-se que houve aumento significativo na fluência de leitura dos adultos alfabetizados pelo novo método quando comparado com aqueles alfabetizados pelo método antigo. Com isso, o novo método de alfabetização ganha status de tecnologia social, e passa a compor o “ portfolio de bons projetos ”. Assim, quando uma determinada organização social for executar o projeto em uma outra região, já sabe de antemão que o método é efetivo para a alfabetização de adultos. Será necessário (apenas) avaliar a implementação do projeto, se ela seguiu à risca os procedimentos do novo método. Do que disse Duflo, a efetividade da teoria da mudança (ou da estratégia) precisa ser inicialmente confirmada com todo o rigor estatístico da pesquisa experimental. Mas, uma vez comprovada, daí para frente o que conta é a boa qualidade da implementação. De fato, faz todo o sentido. O que não faz sentido, e costuma ocorrer com bastante frequência, é ver financiadores de iniciativas de impacto social e ambiental exigirem sempre medições de impacto toda vez que uma (mesma) teoria da mudança for aplicada. 
Por Diego Baptista 30 de janeiro de 2025
O termo trauma causa espanto para muita gente, mas está cada vez mais sendo tratado de forma científica e estratégica no campo de impacto social também. Uma pesquisa da The Well Being Project e a George Washington University em parceria com o Collective Change Lab chamada “Ciclos de trauma e a jornada para o bem-estar” investiga o efeito dos traumas nas pessoas que trabalham no setor do impacto e também como aparecem nos diversos desafios, causas, problemas e potenciais soluções. De acordo com o relatório: “O trauma está em toda parte – em nossas casas, comunidades, instituições e sistemas. No trabalho de mudança social, também vemos traumas nas raízes dos maiores desafios que o mundo enfrenta hoje – e nas vidas das pessoas que trabalham para enfrentá-los. Abordagens de mudança social baseadas no trauma têm o poder de ajudar a desbloquear a cura, o bem-estar e a transformação social para todos.” Esse artigo traz alguns passos para que as pessoas que trabalham com impacto possam reconhecer em si mesmas, em seus times, organizações e principalmente nos seus públicos atendidos a sabedoria dos traumas como parte das causas dos problemas e soluções que buscam resolver. Compreender os traumas no campo de impacto pode informar estratégias para a transformação social nos ajudando a lidar com a complexidade de que traumas são também de origem histórica e coletiva. Ao ponto que ao não serem identificados e integrados, continuam a causar a estagnação dos problemas que vivenciamos hoje. Primeiro passo: identificar e reconhecer os diferentes tipos de traumas Para começarmos a nos informar sobre os traumas nas causas que atuamos é importante identificar os diferentes tipos de traumas e a forma como se interrelacionam, de acordo com o artigo Healing Systems da Stanford Social Innovation Review: Trauma individual se refere a uma ferida invisível causada por um evento avassalador, série de eventos ou condições duradouras. Trauma intergeracional ocorre quando um ou mais ancestrais passam adiante traumas não curados que vivenciaram antes de terem filhos ou durante a gravidez. Trauma coletivo descreve o impacto em nível populacional de um evento ou processo catastrófico que interrompe as estruturas que uma comunidade ou sociedade criou para sustentar seu modo de vida. Trauma histórico pode ser coletivo e intergeracional por natureza, mas se refere especificamente a danos intencionais e opressão cometidos contra um grupo de pessoas por causa de características como raça, religião ou identidade nacional, social ou sexual, e visa subjugá-los para ganho. Trauma sistêmico inclui os impactos não abordados de traumas individuais, intergeracionais, coletivos e históricos, bem como traumas recentes criados por estruturas sistêmicas e dinâmicas relacionais prejudiciais dos dias atuais. Segundo passo: compreender os padrões individuais e coletivos de reação aos traumas Os traumas que carregamos influenciam a maneira como interpretamos e respondemos ao mundo, tanto nos desafios diários quanto nas próprias soluções que desenhamos. Perceber os efeitos dos traumas nas pessoas, nas relações entre grupos, nas estruturas sociais, políticas, econômicas e nos padrões repetidos dos sistemas pode nos ajudar a encontrar soluções mais transformadoras para as causas que atuamos e para o nosso próprio desenvolvimento como lideranças da transformação social. Respostas de luta: comportamento hipervigilante, agressivo e controlador, incluindo críticas excessivamente duras, reações exageradas a infrações menores, condenação implacável de erros como falhas de caráter, retenção de informações e desconfiança crônica e injustificada; Respostas de fuga: fragmentação, confusão e desorganização, não reconhecimento de uma realidade avassaladora, minimização de consequências e incoerência entre palavras e ações; Respostas de congelamento: paralisia, dissociação, retraimento, dormência, insensibilidade, vontade imobilizada, sensação de vazio ou desconexão e incapacidade de acessar emoções. Terceiro passo: desenhar e facilitar práticas de cura individual e coletiva Para transformar sistemas sociais de maneira eficaz, é fundamental aplicar uma abordagem que considere os traumas subjacentes que perpetuam os problemas. Isso envolve adotar uma perspectiva centrada na cura, que busca conectar a sociedade à nossa humanidade compartilhada e liberar nosso potencial criativo para enfrentar questões sociais e ambientais. Ao criar espaços propícios para a cura, podemos transformar sistemas traumatizados em ambientes de compaixão e cuidado, reparando relacionamentos e promovendo um fluxo saudável de ideias. A cura coletiva, que enfatiza o poder dos relacionamentos, permite que indivíduos e grupos identifiquem e tratem danos causados a si mesmos e aos outros. Essa abordagem transforma a energia destrutiva do trauma em maior consciência e compaixão, incentivando a colaboração e a inovação nas práticas sociais. Líderes de mudança social frequentemente se inspiram em tradições indígenas e práticas de justiça restaurativa, utilizando essas sabedorias para integrar a cura coletiva em seus esforços de transformação de sistemas, promovendo assim uma mudança mais significativa e duradoura. Algumas práticas que podem ser adotadas: Honrar e acolher as tradições culturais, identidades e línguas de todas as pessoas afetadas ou participantes de processos de mudança social Introduzir práticas corporais como dança, canto, meditação em grupo e trabalho somático para ajudar os participantes a se reconectarem com sua fisicalidade e regular seus sistemas nervosos Práticas horizontais e relacionais, como círculos de cura, que incentivam a escuta empática e reduzem desequilíbrios de poder Incluindo atenção plena ou outras práticas de cultivo da consciência para fortalecer a consciência das pessoas e a capacidade de hospedar seus próprios estados ativados e os dos outros Reconectar-se à natureza e seu poder de cura como parte fundamental do processo Entrar no poder de contar e possuir a própria história e testemunhar as histórias dos outros Imbuir o processo com sacralidade por meio de rituais, como fazer uma bênção tradicional, ler um texto ou poema espiritual, reconhecer ancestrais e gerações anteriores ou compartilhar lendas tradicionais ou histórias. Grupos de indivíduos que se envolvem intencionalmente em um processo de cura coletiva buscam reparar relacionamentos, restaurar conexões e aprofundar sua capacidade de se manterem conectados a si mesmos e uns aos outros, mesmo em momentos de ativação emocional. Esses núcleos de restauração e reparo têm um impacto que se irradia para fora, influenciando as relações pessoais, as organizações e as coalizões, além dos movimentos mais amplos dos quais os membros do grupo fazem parte. Para a saúde mental e o bem estar florescerem de maneira sustentável, precisamos normalizar a conversa e o trabalho sobre traumas, reconhecendo como fontes de sabedoria e transformação que podem trazer um novo potencial para as lideranças sociais, assim como novas soluções para as estratégias de impacto e a relação com beneficiários e parcerias. Referências: https://www.intergenerational-trauma.com/ https://ssir.org/articles/entry/healing-trauma-systems CYCLES OF TRAUMA AND THE JOURNEY TO WELLBEING: A Framework For Trauma Informed Practices & Positive Social Change. Executive Summary & Part I: Why Does Trauma Matter for Wellbeing and Social Change?
Por Instituto Phomenta 28 de janeiro de 2025
Em 2025, as mudanças climáticas pautarão ainda mais o Terceiro Setor. Seus impactos afetam diretamente comunidades vulneráveis, economias locais e projetos sociais. Durante o webinar Futuro em Foco: Tendências de 2025 para o Terceiro Setor, integrantes da Phomenta destacaram como as ONGs podem atuar para contribuir no enfrentamento à crise global enquanto promovem sua própria sustentabilidade. Como as mudanças climáticas afetam as comunidades vulneráveis De acordo com o estudo realizado pelo braço de pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), entre 2020 e 2023, registramos uma média anual de 4.077 desastres relacionados ao clima no Brasil, quase o dobro em comparação às duas décadas anteriores. Enchentes como as registradas no Rio Grande do Sul em 2024 ou secas prolongadas em regiões do Nordeste brasileiro evidenciam o desequilíbrio ambiental que afeta principalmente populações mais pobres. O conceito de justiça climática é central nesse debate. Ele propõe que os custos das mudanças climáticas e as ações de adaptação sejam distribuídos de forma justa, priorizando quem mais sofre com os impactos. Porém, segundo a pesquisa Justiça Climática no Brasil , da PwC e o Instituto Locomotiva, apenas 32% dos brasileiros estão familiarizados com o termo, embora 75% reconheçam sua importância quando explicados. Isso reforça o papel das ONGs na educação e mobilização da sociedade, uma das oportunidades para o Terceiro Setor em 2025. Por que ONGs devem priorizar as mudanças climáticas em 2025 As mudanças climáticas influenciam diretamente os planos de atuação e captação de recursos das ONGs. O aumento de desastres naturais não apenas amplia a demanda por ações emergenciais, mas também exige que as organizações adaptem suas práticas e desenvolvam soluções sustentáveis. Leia mais: https://www.portaldoimpacto.com/7-ongs-e-movimentos-que-pautam-justica-climatica-para-conhecer Essa preparação inclui repensar projetos e direcioná-los para as populações mais vulneráveis. Por exemplo, uma ONG que trabalha com segurança alimentar pode incorporar ações para apoiar agricultores familiares afetados por secas ou enchentes. Já organizações que atuam com habitação popular podem focar em soluções de moradia resiliente para eventos climáticos extremos. Tendências e oportunidades para as ONGs em 2025 Captação de recursos alinhada à sustentabilidade: Com o aumento do interesse corporativo em práticas ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa), muitas empresas estão buscando apoiar projetos sustentáveis. ONGs que apresentarem propostas bem estruturadas e transparentes têm grandes chances de atrair financiamento. Educação e conscientização ambiental: A falta de conhecimento sobre os impactos das mudanças climáticas é uma barreira, mas também uma oportunidade. Campanhas educativas podem sensibilizar mais pessoas sobre a importância de ações climáticas e engajar novos apoiadores. Participação na COP30: A Conferência do Clima, que será realizada em Belém do Pará, será uma vitrine global para destacar soluções climáticas locais e reforçar o papel do Brasil na agenda ambiental. ONGs podem aproveitar o evento para ganhar visibilidade, ter novas ideias e estabelecer parcerias. Uso de ferramentas tecnológicas: Plataformas como o Radar de Editais ( https://www.portaldoimpacto.com/radar-de-editais ) ajudam ONGs a encontrar oportunidades de financiamento para projetos relacionados à sustentabilidade. Além disso, tecnologias como sistemas de monitoramento climático podem ser incorporadas em ações locais. As mudanças climáticas representam um desafio sem precedentes, mas também uma oportunidade para as ONGs liderarem ações inovadoras. Com estratégias, parcerias e educação ambiental, é possível não apenas mitigar os efeitos das crises climáticas, mas também promover justiça social e ambiental. Confira o Webinar na íntegra para saber mais sobre o assunto
Por Instituto Phomenta 21 de janeiro de 2025
O que o futuro reserva para o financeiro das ONGs? Sabemos que essa é uma pergunta que afeta integrantes do Terceiro Setor em todo início de ano, e foi um dos temas que norteou o webinar Futuro em Foco: Tendências de 2025 para o Terceiro Setor , promovido pela Phomenta em dezembro de 2024. Durante o evento, profissionais da Phomenta trouxeram dados sobre o cenário que se espera para as organizações no próximo ano, além de comentar caminhos para enfrentar a competição por recursos e fortalecer a sustentabilidade das organizações. Um cenário de ajustes e adaptações Os números apresentados no webinar destacaram o aumento do interesse em práticas ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa) entre empresas, mas também revelaram um dado preocupante: 62% dos investidores sociais preveem reduzir seus aportes em 2025, de acordo com o Relatório BISC 2024. Isso evidencia um cenário desafiador para as ONGs, que precisarão diversificar fontes de financiamento e buscar novas formas de engajamento com doadores. Paralelamente, o uso de leis de incentivo foi apontado como uma alternativa cada vez mais relevante. As ONGs que conseguem estruturar projetos consistentes e alinhados aos requisitos legais têm atraído investidores interessados nos benefícios fiscais. Confira o Webinar na íntegra:
Por Instituto Phomenta 13 de janeiro de 2025
A Inteligência Artificial (IA) tem impactado profundamente diferentes áreas da sociedade, e sua aplicação no campo social não é exceção. Para as ONGs, essa tecnologia pode oferecer oportunidades de otimizar processos, ampliar alcance e gerar maior impacto em suas causas, mas também apresenta desafios que precisam ser abordados com ética e responsabilidade. O que é a Inteligência Artificial e como ela pode ajudar as ONGs? A IA é um ramo da tecnologia que simula capacidades humanas como aprendizado, tomada de decisão e reconhecimento de padrões. No contexto das ONGs, isso significa ferramentas que podem automatizar tarefas, analisar grandes volumes de dados e melhorar a eficiência operacional. Além disso, sistemas de IA podem ser adaptados para atender pessoas com deficiências, ampliando o alcance das organizações e tornando suas ações mais inclusivas. Leia mais: https://www.portaldoimpacto.com/inteligencia-artificial-e-seu-potencial-para-as-ongs-parte-1-4 E na prática? Algumas ONGs já fazem uso destas ferramentas através de: Chatbots: Os chatbots são programas de computador que simulam uma conversa humana, oferecendo respostas automáticas e personalizadas. Eles podem ser usados para facilitar a comunicação, como no atendimento a dúvidas frequentes de beneficiários ou doadores, reduzindo custos e otimizando o tempo da equipe. Análise de dados: A Inteligência Artificial pode identificar padrões em campanhas de doação, prever demandas futuras e melhorar a alocação de recursos. Campanhas personalizadas: ONGs podem usar IA para segmentar públicos e criar mensagens mais efetivas, aumentando o engajamento com a causa. Em 2025, espera-se que essas inteligências sejam ainda mais utilizadas. O assunto foi discutido no Webinar Futuro em Foco, da Phomenta, que buscava apresentar as principais tendências para Terceiro Setor. Confira abaixo:
mostrar mais

Participe do nosso grupo no WhatsApp para receber nossos conteúdos em primeira mão

Entrar para o grupo
Share by: