Voluntariado corporativo: os voluntários também podem estar nas empresas!
Segundo a pesquisa
do voluntariado de 2021, realizada pelo DataFolha e IDIS, havia 57 milhões de voluntários brasileiros ativos em 2021. Entre esses milhões de voluntários, 15% deles fazem voluntariado corporativo. Por isso, hoje nossa conversa será sobre esses voluntários que atuam em projetos organizados pelas companhias onde trabalham. Sim, os voluntários também estão em empresas!
Antes de mais nada, vamos entender o que é o voluntariado corporativo. O
instituto Ethos oferece a seguinte definição:
conjunto de ações realizadas pelas empresas com o objetivo de incentivar e apoiar o engajamento de seus colaboradores em ações voltadas à comunidade. A grande diferença do voluntariado corporativo para o convencional é a ligação dos participantes, que são funcionários de uma empresa que promove esse tipo de atividade opcional para seus colaboradores.
As ONGs e os empreendimentos de negócios sociais têm protagonizado um papel cada vez mais importante para a sociedade civil, pois têm buscado soluções para enfrentar os problemas sociais, econômicos e ambientais do país. Por outro lado, assim como todas as organizações, podem enfrentar desafios internos em diferentes temas de gestão, como gerenciamento de dados, RH, financeiro etc. Dentro das empresas, existem especialistas que carregam uma grande bagagem de conhecimento adquirida ao longo dos anos trabalhados no mundo corporativo, então sugerimos a seguinte reflexão: por que estes profissionais não poderiam apoiar as ONGs com soluções e ferramentas para os desafios enfrentados por elas?
Por que não conectar esses dois setores – as ONGs e as empresas – por meio do voluntariado corporativo?
O voluntariado corporativo é uma iniciativa que gera relações de ganha-ganha: por um lado, as organizações recebem apoio para enfrentar desafios de gestão interna, melhorar seus processos e impactar ainda mais as comunidades ao entorno e, por outro, os voluntários auxiliam quem já faz esse impacto acontecer há anos e desenvolvem habilidades interpessoais como comunicação, liderança, trabalho em equipe e empatia. Além do desenvolvimento de soft skills, os voluntários têm a oportunidade de doar seu tempo para fomentar mudanças em causas sociais com as quais se relacionam e, assim, saem de sua zona de conforto e podem ter contato com outros pontos de vista e realidades. Tudo isso gera profissionais mais empáticos e atualizados, pois o voluntariado exige a busca por inovação, novas tecnologias, novas metodologias de trabalho e novas tendências do mercado.
Por fim, temos a terceira “beneficiária” do voluntariado corporativo: as próprias empresas que promovem programas como estes, e elas o fazem pois entendem essas iniciativas como uma forma de desenvolver talentos dentro da companhia. As ditas
soft skills são essenciais para qualquer profissional hoje em dia, e oferecer oportunidades de desenvolvimento dessas habilidades é cada vez mais valorizado no mercado de trabalho. Uma empresa com uma cultura de voluntariado robusta é uma empresa com colaboradores contentes! Além disso, o voluntariado pode ser lido como uma gigante oportunidade de geração de valor para a comunidade onde essas empresas estão inseridas, e é uma forma de se contribuir com a agenda de desenvolvimento local desse território.
Por isso, é importante entender que
o crescimento econômico desvinculado da agenda social não se sustenta.
Uma máxima que o Instituto Ethos levanta em seu manual de como implementar programas de voluntariado corporativo é que
a sociedade civil está ativa e organizada buscando formas de desenvolver atividades em prol de um bem comum. O voluntariado corporativo é uma ferramenta muito interessante para conectar dois mundos que parecem distantes mas que, na realidade, podem se apoiar mutuamente. E uma sociedade mais conectada e com mais sinergia entre os setores é mais eficaz na resolução de seus complexos desafios.
Ficou interessado no tema? Para saber mais sobre você pode acessar os links abaixo:
Este conteúdo foi produzido por Isvilaine da Silva Conceição e Stephanie Walker Bradfield do Voluntariado Corporativo da Phomenta
Revisão: Flávia D'Angelo (Phomenta).
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