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Autogestão no terceiro setor

4 de abril de 2024

Você já ouviu falar em autogestão? Compreende seu funcionamento? É surpreendente a forma com que o cenário global passa por mudanças, exigindo, portanto, adaptações nos âmbitos ambientais, administrativos e organizacionais. Diante disso, é anti produtivo permanecer com mentalidades ancoradas no século passado e almejar inovação, sendo que este paradigma se aplica também à governança organizacional.

 

Neste sentido, como nós, do terceiro setor, então, podemos adotar metodologias e mecanismos, gerando impacto de uma forma mais inovadora e transparente? Siga conosco e leia o conteúdo na íntegra!




Gestão tradicional e autogestão: entenda as diferenças chave!


Na gestão tradicional, é comum que as preocupações dos colaboradores sejam encaminhadas aos superiores ou a chefia imediata, para que as repassem a níveis mais elevados de comando. Desse modo, tal processo resulta em tomadas de decisões centralizadas no topo da hierarquia, desconectadas das realidades das bases.


Em contrapartida, a autogestão propõe a descentralização das responsabilidades organizacionais. Ou seja, isso significa que os indivíduos ou equipes têm maior autonomia para gerenciar suas tarefas, projetos e até mesmo definir suas diretrizes de trabalho.


Sob a perspectiva sociocrática, holocrática, ou nos moldes da organização orgânica (O²), a estrutura se fundamenta em círculos e papéis, onde cada indivíduo detém autoridade para deliberar sobre assuntos relacionados ao seu papel ou ao propósito do círculo que faz parte. 


Neste contexto, os colaboradores identificam discrepâncias entre a situação atual e a ideal, denominadas "tensões". Tais tensões são compartilhadas nos círculos, que desenvolvem estratégias para sua resolução. Dessa forma, os círculos se alinham e se complementam, formando uma estrutura organizacional dinâmica, saudável e segura. O poder não é dado às pessoas ou cargos, mas aos papéis e círculos (via “O que é autogestão”, Sociocracia Brasil no YouTube).

Explicando um pouco mais sobre como identificar e o que são as tensões na autogestão


Exemplo fictício: Em uma organização, existe o papel de Produtor de Conteúdo, que sente uma tensão relacionada à revisão do conteúdo feito por outro papel. Em sua percepção, as alterações realizadas divergem do conteúdo original que ele havia proposto, resultando em uma modificação total do conteúdo elaborado. Essa discrepância entre a situação atual e a ideal é identificada por ele como uma tensão. Assim, ele é capaz de reconhecer a dinâmica da situação e abordar essa tensão durante uma reunião de círculo ou diretamente com a pessoa que energiza o papel da revisão do conteúdo.


Explicando um pouco sobre papéis, restrições e círculos pela ótica da O²:

Um diagrama que mostra as camadas de um negócio.
Um diagrama de um grupo de pessoas com a palavra pessoas no topo

O papel também tende a ser muito menor que um cargo. Portanto, uma pessoa que dedica bastante tempo à organização costuma desempenhar diversos papéis, inclusive em círculos diferentes. 


Em contrapartida, um papel também pode ser desempenhado por muitas pessoas, caso a energia necessária seja maior do que a dedicação integral de um único indivíduo.


Fonte: https://targetteal.com/pt/blog/holacracia-guia/

A autogestão ajudando no bem-estar


Um estudo promovido pelo Portal de Impacto na saúde mental revela que mais da metade dos entrevistados (55%) demonstra preocupações substanciais em relação à sua saúde mental e bem-estar.

  • Os resultados indicam uma conexão clara entre a precariedade da saúde mental e a insatisfação no trabalho.
  • Entre os principais fatores estressantes estão as demandas e tarefas excessivas.
  • O engajamento e comprometimento são naturais em atividades relacionadas a causas nas quais se acredita.


No entanto, quando a carga de trabalho não é distribuída, organizada e autogerida de forma equitativa, a situação se torna ainda mais desafiadora.


Se você ainda está se perguntando “beleza, mas e aí? Como podemos inovar por meio da autogestão para contribuir estrategicamente com nossa OSC e impactar positivamente na saúde mental e bem-estar dos colaboradores?” - vem comigo…


Influenciando a estrutura


Quando temos a oportunidade de influenciar a estrutura de uma organização sem depender de forma exclusiva das decisões de nossos superiores, podemos criar um ambiente mais saudável e colaborativo de forma segura. Embora as tensões sejam individuais, ao considerarmos a adaptação das estruturas, focamos no propósito da organização, o que torna o senso de co-construção mais evidente nessa dinâmica. 


Modificar as estruturas implica em criar políticas internas, propor novos papéis, excluir papéis, e descentralizar o poder, distribuindo as responsabilidades de forma mais eficiente.Todo esse movimento tem um impacto significativo na saúde e bem-estar dos colaboradores. Inicialmente, pode não ser percebido de imediato - mas ao longo do tempo, ao observarem as mudanças nas estruturas, as pessoas passam a enxergar o valor dessas alterações.


Organizações que adotam uma governança diferente do Mercado Tradicional


A Buurtzorg é uma organização na área da saúde, estabelecida em 2006, que introduziu um modelo de cuidados abrangentes liderados por enfermeiros, causando um impacto significativo nos serviços comunitários nos Países Baixos. A satisfação dos clientes alcança níveis sem precedentes dentro do setor de saúde. A dedicação e o contentamento da equipe se destacam, refletidos pelo reconhecimento consecutivo da Buurtzorg como o melhor empregador em 4 dos últimos 5 anos. 


Além disso, a organização obteve economias financeiras que impressionam. Um relatório da Ernst & Young registrou uma redução de aproximadamente 40% nos custos para o sistema de saúde holandês, enquanto um estudo de caso conduzido pela KPMG em 2012 corroborou esses resultados. E, ao citar a empresa Buurtzorg, é importante notar que eles adotam um modelo de gestão diferente do tradicional. Trata-se de um modelo colaborativo, no qual todas as pessoas envolvidas têm voz ativa em decisões estratégicas. Eles conseguem se organizar de forma conjunta e ainda assim ter um impacto significativo para os clientes e nos indicadores organizacionais.

A Phomenta vem adotando a Autogestão (O²) há 02 anos e, desde então, estamos em um
processo constante de transformação, com contínuo aprendizado interno em relação ao novo modelo de gestão. 


Os benefícios decorrentes desta nova prática têm demonstrado um impacto significativo para todos os envolvidos. Na última rodada trimestral de pesquisa de clima interna, constatamos que:


  •  91% dos phomenters concordam que a Autogestão traz benefícios para a empresa;
  •  9% mantiveram-se neutros, e não houve registro de nenhuma forma de discordância. 


Além disso, nossos índices de satisfação com as ONGs continuam elevados, com um NPS (Net Promoter Score) de 88.99 no ano de 2023 registrando um valor positivo. Diretamente, alcançamos mais de 350 ONGs e mais de 500 empreendedores, resultando em uma transformação não apenas na organização em si, mas também no território onde atuam e nas causas que defendem.


Autogestão no Brasil


No Brasil, algumas organizações reconhecem o valor dessa abordagem e estão adotando a Autogestão, ou seja, incorporando a perspectiva do pensamento Teal, que se baseia em propósito evolutivo, autogestão e integralidade (visão do todo).


Em um mundo caótico, agitado e repleto de demandas como o atual, é comum nos sentirmos sobrecarregados e sem possibilidade de pedir ajuda a outras pessoas. 


Esse fenômeno pode ocorrer por diversos motivos, e quando temos a oportunidade de identificar as tensões individualmente e alterar a estrutura, distribuindo o poder e promovendo mais conexão, criatividade e trabalho em equipe de maneira colaborativa, a sensação de pertencimento aumenta. Isso pode gerar mais união, coletivismo e alívio da sobrecarga.

“Pertencer é estar em um lugar onde você quer estar, e você sente que as pessoas querem que você esteja.” -  (Livro Atlas of The Heart, Brené Brown)

Se você ficou curioso e quer saber mais sobre as tecnologias sociais(autogestão) que possam ajudar a elevar sua OSC,
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Por Pollyana Bonvecchi 27 de março de 2025
Recentemente, montei uma estrutura para conduzir um processo seletivo de voluntárias aqui na Phomenta. Algumas pessoas me perguntaram por que eu estava desenvolvendo etapas que deixariam o processo mais complexo e se eu não tinha receio de que as pessoas desistissem devido à complexidade. Vou compartilhar o que respondi, explicar a importância dessa estrutura e como conseguimos atrair e manter perto de nós as pessoas que realmente querem contribuir. Por que desenhar um processo seletivo estruturado para voluntárias? Desenhar um processo seletivo com etapas claras e bem definidas é essencial para assegurar que as candidatas se comprometam verdadeiramente com cada fase e reflitam se o voluntariado faz sentido para elas. Esse tipo de processo não é apenas uma forma de selecionar os melhores talentos, mas também de verificar se aquelas que se juntam a nós compartilham dos nossos valores e estão alinhadas com o nosso propósito. Um processo seletivo mais detalhado permite identificar quem está realmente disposta a se envolver e quem está apenas explorando uma oportunidade. Divulgação da vaga Para começar, definimos claramente os papéis e responsabilidades, além do tempo de dedicação esperado para as voluntárias. Tudo isso foi explicitado na divulgação da vaga, para que, desde o início, as expectativas estivessem claras para as interessadas. Primeira etapa - triagem de candidatas Após receber as inscrições, realizamos uma triagem criteriosa, avaliando as competências e habilidades das candidatas. Selecionamos aquelas que mais se alinhavam com o perfil que buscávamos e enviamos um e-mail informando sobre as próximas etapas do processo. Segunda etapa - entrega e dinâmica de grupo Nesta etapa, solicitamos uma tarefa prática e informamos que haveria uma dinâmica em grupo. Esse momento foi crucial para observar o comprometimento das candidatas e, como esperado, algumas pessoas desistiram. Isso, no entanto, deixou apenas aquelas que estavam realmente interessadas em seguir adiante e que tinham um verdadeiro desejo de contribuir. Terceira etapa - Seleção final Com base nas etapas anteriores, escolhemos as candidatas que melhor atenderam aos critérios e que demonstraram maior afinidade com a cultura da Phomenta. Em seguida, comunicamos as selecionadas e agendamos da integração para integrar aquelas que iriam começar conosco. Integração A integração na Phomenta é muito mais do que uma simples introdução. É o momento propositivo para apresentarmos o propósito da nossa organização e garantir que todas estejam na mesma sintonia, super motivadas a alcançar os nossos objetivos. Quando nossas voluntárias entendem o impacto social que o seu trabalho pode gerar, o engajamento cresce e o compromisso fica mais forte. Assim como toda nova integrante de um time, as voluntárias precisam mergulhar na nossa cultura organizacional. A integração é uma oportunidade para elas se familiarizarem com características fundamentais da nossa cultura dentro da Phomenta: como nos comunicamos, como trabalhamos, e quais comportamentos valorizamos. Isso facilita a adaptação e ajuda as voluntárias a se sentirem parte do nosso grupo desde o primeiro dia! Durante a integração, é essencial esclarecer o que esperamos de cada uma, desde funções e responsabilidades específicas até o impacto que seu trabalho terá. Essa clareza evita confusões e permite que as voluntárias saibam exatamente como podem brilhar e fazer a diferença. Uma integração bem-planejada faz toda a diferença! Ela aumenta o comprometimento das voluntárias e ajuda a reduzir a rotatividade. Quando elas se sentem acolhidas, bem-informadas e preparadas, é muito provável que continuem engajadas e contribuam com a gente por um bom tempo. Além disso, a integração é a chance perfeita para construir conexões genuínas entre voluntárias e phomenters. Ela cria aquele sentimento gostoso de comunidade e pertencimento, que é essencial para manter a motivação em alta. E tem mais: durante a integração, incentivamos as voluntárias a darem seu feedback sobre a experiência. Isso nos ajuda a fazer ajustes e melhorias, garantindo que todas se sintam apoiadas e que nossa abordagem esteja sempre alinhada com as expectativas. A seguir alguns comentários sobre o processo:
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Você sabia que o marketing no ambiente digital (ou marketing digital como popularmente ficou conhecido) é uma ferramenta importante para divulgação de serviços, produtos e, também, para a promoção do impacto social? Isso mesmo que você leu! Organizações do Terceiro Setor que investem em uma comunicação eficaz conseguem ampliar a visibilidade de suas ações e engajar o território em suas causas. Deixe a gente explicar melhor. Neste artigo queremos apresentar algumas estratégias práticas e exercícios para auxiliar ONGs, coletivos e projetos sociais na criação de conteúdos assertivos, utilizando algumas práticas de produção de conteúdo, visando garantir maior alcance do público nas mídias sociais. Por que o marketing digital para causas? – Comece pelo porquê Compreender o “porquê” por trás da causa é o primeiro passo para uma comunicação eficiente. 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Exercício de Planejamento de Conteúdo Pergunta: "Quais dúvidas e interesses do nosso público podemos responder em nossos conteúdos?" Atividade: realizar uma pesquisa interna ou consultar as redes sociais para identificar as principais perguntas dos seguidores e, em seguida, criar conteúdos sobre temas relevantes e acessíveis. Exemplo para uma ONG Ambiental: Possíveis resposta em relação às dúvidas: "Como a poluição afeta a biodiversidade local?" "Quais são as melhores práticas de reciclagem para reduzir o impacto ambiental?" "Como posso contribuir para a preservação das matas e florestas em meu território?" O que pode ser relevante a partir da resposta: Dicas práticas para reduzir o consumo de plástico. Informações sobre projetos locais de reflorestamento. Estudos de caso que mostram o impacto positivo de ações de conservação. Sugestões de conteúdos e formatos para Instagram: Posts no feed: crie gráficos simples que explicam, por exemplo, como a reciclagem contribui para a diminuição da poluição e a preservação dos recursos naturais. Estudos indicam que uma linguagem simples e direta amplia o alcance e facilita o engajamento, transformando a comunicação em uma ferramenta de mobilização (SILVA et al., 2017). Exercícios e perguntas adicionais para a produção de conteúdo Para aprofundar a estratégia de comunicação, as ONGs podem utilizar os seguintes questionamentos: Identificação da causa "Quais desafios nossa causa enfrenta e como nossas ações podem contribuir para superá-los?" Engajamento do público "Qual formato de conteúdo (texto, imagem, vídeo) gera mais interação com nosso público?" Resultados e impacto "Como podemos medir o sucesso de nossas campanhas? Quais indicadores refletem o engajamento e a mobilização da comunidade nas redes?" 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Disponível em:<[ https://www.viannasapiens.com.br/revista/article/view/97/83 ]>. Acesso em: 30 jan. 2025. GALLEGO, Angélica Helena Santini Montes; GALINDO, Daniel dos Santos. Criança Esperança: exemplo do marketing de causas sociais, articulado pelas relações públicas. In: V CONGRESSO NACIONAL DE HISTÓRIA DA MÍDIA, 2007, São Paulo. Anais... São Paulo: Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, 2007. Disponível em: <[ http://www.intercom.org.br/papers/outros/hmidia2007/resumos/R0193-1.pdf] >. Acesso em: 30 jan. 2025. ACEVEDO, Claudia Rosa; OLIVEIRA, Leonardo Domingues de; SILVA, Rafael Mendes; CATÃO, Bruno Alves. Percepção de consumidores sobre ações de marketing de causa de empresas privadas . South American Development Society Journal , São Paulo, v. 6, n. 17, p. 40-58, 2020. Disponível em: https://www.sadsj.org/index.php/revista/article/view/300 . Acesso em: 3 fev. 2025.
Por Rodrigo Cavalcante 13 de março de 2025
Este é o último artigo da série “Decisões no Terceiro Setor”. Após discutir sobre as decisões no Terceiro Setor e apresentar um modelo para estruturar as decisões, chegou a hora de apresentar diferentes modelos para a etapa de decisão.
Por Rodrigo Cavalcante 6 de março de 2025
No artigo anterior , discuti sobre algumas das características que diferenciam o Terceiro Setor, além de decisões difíceis que toda liderança de uma ONG enfrenta em sua rotina. E, seguindo a sequência de conteúdos, aaixo compartilharei sobre as etapas de uma decisão com base na literatura do tema. Na liderança de uma organização e na correria do dia a dia, um dos maiores erros que podemos cometer é não estruturar as informações para tomar uma decisão difícil ou importante. O cansaço e/ou a falta de tempo acabam nos levando para um caminho de escolher uma opção pela intuição ou a que soa mais razoável, sem de fato entender nosso verdadeiro objetivo ou explorar e esgotar todas as alternativas possíveis. Uma coisa que aprendi liderando equipes, áreas e uma organização é que nem toda decisão precisa ser tomada no momento em que uma decisão é demandada de você ou de um grupo do qual você faz parte. Com exceção de emergências, quando cada segundo é valioso, podemos pedir mais tempo para refletir melhor sobre as opções levantadas, conversar com outras pessoas e pensar em novas opções. As etapas da tomada e decisão John Hammond, Ralph Keeney e Howard Raiffa apresentam em seu livro “Decisões Inteligentes” um modelo formado por cinco etapas: Problema Qual problema estamos tentando resolver? Muitas vezes partimos para a solução sem delimitar o problema que buscamos solucionar. Objetivo Qual o objetivo principal ao se tomar essa decisão? Alternativas Criação de alternativas viáveis para avaliação posterior Consequências Quais as consequências de cada alternativa? Ao escolher uma alternativa, o que ela gera além de tentar resolver o problema? Concessões (tradeoffs) Dificilmente uma alternativa atenderá todos os objetivos e resolverá completamente um problema difícil e complexo. Ao escolher uma alternativa, do que estou abrindo mão? Decisão Após avaliar e comparar as alternativas, chegou a hora de decidir. Estruturar a decisão seguindo as etapas com certeza ajudará a refletir para uma decisão mais consciente e melhor. Porém, isso não significa um resultado melhor. Aprendemos na prática em nossa vivência nas organizações que não é possível controlar todos os resultados após a tomada de uma decisão. Ou seja, diversos fatores externos influenciarão no resultado final (fenômeno este muito presente na avaliação de impacto, na qual se discute como isolar os fatores externos), seja porque a equipe não executou como o planejado ou porque alguma nova informação (que surgiu após a decisão) evidenciou que a alternativa escolhida não era a melhor. “Uma boa decisão pode gerar um resultado negativo, assim como uma má decisão pode gerar um resultado considerado negativo” Afinal de contas, o que é uma boa decisão? Para Spetzler, Winter e Meyer, uma boa decisão deve atender a seis critérios: Abordagem apropriada para o problema - responde à pergunta ‘o que desejamos resolver?’. Alternativas criativas - o famoso pensar “fora da caixa”. Às vezes, estamos presos nas opções iniciais disponíveis, quando há uma alternativa melhor que ainda não emergiu. Informações relevantes e confiáveis - as informações coletadas apoiam na tomada de decisão e os dados e indicadores utilizados são confiáveis. Raciocínio lógico - é possível demonstrar a lógica da decisão na escolha da alternativa. Valores e concessões delimitados - os valores que embasam a decisão são explícitos e há consciência do que se está abrindo mão ao escolher uma alternativa em detrimento da(s) outra(s). Compromisso com a ação - a decisão direciona para um caminho. Sem ação, não há resultado na maioria das vezes (como quase tudo tem exceção, em algumas decisões há a alternativa de não fazer nada). Portanto, sabendo que não conseguimos controlar 100% dos resultados, nosso foco deve ser em estruturar melhor a decisão para, a partir das informações disponíveis, escolhermos a melhor alternativa. Quando for avaliar uma decisão meses ou anos depois, lembre-se, foi a melhor decisão com as informações disponíveis naquele momento. Não adianta avaliar uma decisão como ruim considerando informações coletadas posteriormente. No próximo artigo e último da série “Decisões no Terceiro Setor” apresentarei alguns modelos de decisão, explorando os contextos em que cada modelo faz mais sentido. Enquanto isso faça a pré-inscrição da sua organização em nosso programas, clicando no link a seguir: https://www.phomenta.com.br/programas-ongs-pre-inscricao Fontes: Decision Quality: Value Creation from Better Business Decisions Smart Choices
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